Brasil é o 2º país com maior intenção de investimentos em TI, indica pesquisa da Grant Thornton

Empresas de médio porte brasileiras devem aumentar os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) em 2024 como estratégia para alavancar seus negócios, ganhar competitividade e reduzir custos. Essa disposição é revelada no estudo International Business Report (IBR), produzido pela consultoria Grant Thornton. O estudo foi realizado com base nas respostas fornecidas por cerca de 5 mil líderes empresariais de 28 países, no final do segundo semestre de 2023.

Do total dos entrevistados, 80% confirmaram a intenção de aumentar os recursos em TI. O porcentual de empresas que vão direcionar mais investimentos em TI em 2024 chama atenção especialmente quando comparado à América Latina, onde 69% dos ouvidos se mostraram dispostos a elevar o aporte de investimentos nessa área. Esse número também é superior quando confrontado com o índice global, de 61%.

O índice de 80% das empresas que planejam esse investimento indicados nesta pesquisa coloca o Brasil em segundo lugar no ranking global de investimento em TI, empatado com a Índia e a Indonésia e abaixo apenas da Nigéria (83%).

Os 80% também representam o segundo maior porcentual desde o primeiro semestre de 2019, quando 81% dos líderes de empresas de médio porte tinham a expectativa de investir mais em TI. O indicador tem se mantido igual ou acima de 75% desde o segundo semestre de 2020.

O otimismo desses empresários com a TI ganhou reforço em janeiro com o anúncio do governo federal do programa Nova Indústria Brasil, projeto voltado à política industrial com previsão de R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026 para, entre os vários focos, transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras.

O destaque do indicador registrado também ratifica a visão do empresariado sobre a importância do investimento em TI como um fator não apenas de competitividade e produtividade, mas especialmente de redução de custos, além de contribuir para o aumento da mão de obra qualificada. O Brasil também ganha destaque na pesquisa ao ter 80% dos entrevistados afirmando que aumentarão os recursos destinados à tecnologia, bem acima dos líderes da América Latina como um todo e globalmente, conclui Zoghbi.