57% das empresas de eletrônicos brasileiras já sofrem com coronavírus

Sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)com associadas identificou uma dificuldade crescente experimentada por essas empresas para repor componentes, insumos e materiais provenientes da China, devido ao período de quarentena enfrentado pelo país por conta do CRVD19, variação do coronavírus que já contagiou mais de 81 mil pessoas e provocou 2,7 mil mortes. 

De acordo com dados da instituição 57% das entrevistadas já apresentam problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes da China. A maior falta de produtos ocorre na realidade das fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação, como smartphones e computadores.  

Mesmo com as dificuldades, as companhias estão conseguindo operar em ritmo normal: apenas 4% das pesquisadas já operam com paralisação parcial em suas fábricas. De acordo com Humberto Barbato, presidente da Abinee, a probabilidade de paralização total é baixa pois existe produção local desses componentes. 

Por conta do panorama, 17% das firmas entrevistadas afirmam que não atingirão a produção estimada para o 1º trimestre de 2020. Porém, metade das marcas pesquisadas afirmaram que a redução de componentes não impactará em seus números.

Segundo dados da Abinee, 42% de todos os componentes elétricos e eletrônicos importados pelo Brasil são provenientes da China, cuja compra somou US$ 7,5 bilhões em 2019. Barbato pondera que, em vista da situação, poderá existir a chance de que se volte a pensar na produção local de componentes utilizados na atividade produtiva do setor. 

Fonte: Computerworld com informações do Mobile Time

26 de fevereiro de 2020