Depois de oito como CIO da Paquetá, onde participou ativamente junto à Secretaria da Fazenda para incluir a nota fiscal eletrônica no varejo em 2011, o pós-graduado em Análise de Sistemas Gervásio Scheibel está de volta à DBServer – em que já havia atuado como gerente de projetos no passado – dessa vez para empregar sua experiência na transformação digital em grandes contas e depois se concentrar nas marcas com atuação no varejo.
Uma das primeiras ações será promover um benchmarking entre os clientes da DBServer e grandes players do varejo. “As empresas estão vendo que não existe um caminho pronto quando se fala em transformação digital”, comenta Scheibel, “mas elas estão se movimentando nesse sentido”.
Scheibel exemplifica a participação da DBServer na 6ª edição da Feira Brasileira do Varejo, em maio, na FIERGS, em que a empresa demonstrou aplicações de realidade aumentada em um loja conceito, onde o visitante visualizava o produto em tamanho real no tablet ou celular.
“Aquela foi uma inovação extremamente factível porque o cliente pode vislumbrar em sua casa como ficaria a colocação de um sofá com determinadas cores e dimensões, por exemplo”.
Experiência do usuário
Na visão de Scheibel, mesmo que as empresas não tenham uma receita para a transformação digital, há um consenso: a tônica do varejo será a experiência do usuário.
Nesse sentido, ele argumenta que as lojas físicas deverão manter sua importância, mas com outras funções, como a experimentação de produtos que depois poderão ser comprados na loja virtual. Outra tendência sem volta, na sua visão, é a multicanalidade, isto é, a empresa estar preparada para vender seus produtos pelo site, telefone, ponto de venda etc. e com diferentes formas de entrega.
Vendedor consultivo
Para Scheibel, a tecnologia não significa desemprego, muito pelo contrário, ela deverá se consolidar como oportunidade para os atuais vendedores mudarem seu papel no relacionamento com o cliente e se transformarem preponderantemente em profissionais consultivos.
Nessa nova configuração, um vendedor de loja de roupas, por exemplo, deverá ser apto a oferecer ao cliente não apenas aquilo que ele busca na loja, mas especialmente orientações sobre combinação de peças, tendências e roupas que se adequem ao estilo de vida daquele cliente específico.
Fonte: AlfaBeta Comunicação Estratégica
28 de junho de 2018