Há muitos estereótipos sobre quem é o profissional de computação e isso afasta os jovens da carreira, observa o presidente da Sociedade Brasileira da Computação, Lizandro Granville. Segundo ele, antes o profissional de TI era aquele que ficava trancado numa sala cercado de máquinas. Hoje, ele é aquele que desenvolve aplicativos.
“Na verdade, isso certamente não é a computação e o jovem fica sem saber direito como agir”, salientou em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o 3º Seminário Brasscom de Políticas Públicas & Negócios, realizado em Brasília, nos dias 14 e 15 de março.
A adequação dos cursos de graduação às novas tecnologias, pondera ainda Granville, é feita de forma lenta. Segundo ele, na pós-graduação, as novas ofertas ligadas à Inteligência Artificial, Big Data, Ciências de Dados já é uma realidade. Nos cursos de graduação essa adaptação curricular é bem mais demorada. “Essas tecnologias criam fundamentos aos cursos tradicionais”, observa.
A SBC se mantém contrária à regulamentação da profissão, se ela ficar condicionada à criação de Conselhos profissionais. “Não acreditamos no cerceamento à profissional. O especialista em computação é cada vez mais multidisciplinar”, reforça Lizandro Granville.
Fonte: Convergência Digital
21 de março de 2018