No fundo, todos nós sabemos que os nossos dados não estão seguros, e que cada informação que colocamos em um aplicativo, rede social ou site logo estará transitando por aí, nas mãos de empresas que tentarão tirar o máximo proveito dela.
As suspeitas que autoridades dos Estados Unidos e da Inglaterra colocam agora sobre o Facebook, porém, materializam esse receio, e de forma contundente. A rede social está sendo questionada sobre o vazamento de dados de 50 milhões de usuários dos EUA e que teriam sido usados pela consultoria Cambridge Analytica para a manipulação da eleição de Donald Trump.
É mais um baque para a estratégia da gigante criada por Mark Zuckerberg, que parece entrar em uma crise sem precedentes ligada à perda de confiança dos seus usuários, algo tão importante em um negócio como esse. Já existe até uma campanha na internet com a #deletefacebook.
Nos últimos tempos, muitos adeptos do Facebook têm demonstrado um maior desinteresse pela rede e migração para os concorrentes, muito disso explicado, justamente, por essa sensação de que estão expostos demais ali.
Independentemente do desfecho disso tudo, fica um alerta para os brasileiros se preservarem mais, já que os usuários do País aparecem em praticamente todas as pesquisas sobre privacidade como sendo os mais propensos a compartilhar suas informações pessoais nas redes sociais. –
Fonte: Jornal do Comércio
21 de março de 2018