A União Internacional de Telecomunicações (UIT) está publicando esta semana a nona edição – versão 2017 – do relatório “Medindo a Sociedade da Informação” (MIS). O documento apresenta dados e faz uma análise do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) de 176 países.
O Brasil encontra-se em 66º lugar entre todos os países pesquisados; e em 10º entre os 35 países das Américas/Caribe, atrás, por exemplo, dos Estados Unidos; Canadá; Uruguai; Argentina; Chile; e Costa Rica.
O desempenho dos países é medido pelo Índice de Desenvolvimento da Sociedade da Informação (IDI), uma combinação de 11 indicadores, nas categorias de acesso, uso e habilidades em TICs. No MIS, quanto menor o índice, melhor o desempenho do país.
Os países aumentaram em média 0,18 pontos no ranking total de 2017, se comparado ao do ano passado. No Brasil, o aumento foi ainda maior, de 0,23 pontos.
O maior ganho do Brasil foi no indicador de habilidades dos usuários em TICs, passou da 92º para 71º. Porém, o Brasil piorou o seu desempenho no indicador de uso, diferença de 56º para 57º; e no indicador de acesso também uma mudança de 79º para 80º.
O Brasil apresentou este ano, em relação a 2016, aumento na proporção de usuários de Internet (de 58,3% para 59,7%); de assinantes de banda-larga fixa (de 12,2% para 13%); e de banda larga móvel (88,6% para 89,5%).
A Islândia liderou o IDI em 2017, o país ocupava a segunda posição no ano passado. A Coréia do Sul, Suíça, Dinamarca e Reino Unido completam as primeiras colocações da lista este ano.
O relatório analítico da UIT sobre acesso e utilização das TICs informa que a competitividade do mercado de telecom no Brasil está em expansão. Ele destaca que o país é um dos maiores mercados de telecomunicações nas Américas e que existe competição de todos os serviços nas grandes cidades do país.
Outro ponto importante, segundo o relatório, é que tanto o governo, quanto as empresas privadas investem no setor. Citou como exemplo a expansão de cabos submarinos e do serviço de satélites que atendem as regiões onde não é possível a instalação de fibra ótica.
O crescimento da telefonia fixa está estagnada há vários anos no Brasil a sua penetração é de 20,4 por 100 habitantes. Ao mesmo tempo, informa o relatório, crescem os serviços móveis e o VoIP. A banda larga fixa está disponível para 13 por 100 habitantes.
A penetração da telefonia móvel é 118,9 por 100 habitantes. A tecnologia 3G já está disponível para 96,9% da população. O mercado móvel é dividido entre quatro grandes empresas – Vivo, TIM, Claro e Oi.
A UIT, agência das Nações Unidas especializada nas áreas de TICs, destaca em seu relatório a atuação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a história do setor de telecomunicações desde a criação do órgão regulador, em 1997, e a privatização da Telebras no ano seguinte.
Fonte: TI Inside
17 de novembro de 2017