Os impactos que a digitalização da economia, acelerada pela pandemia, trouxeram ao mercado atingiram fortemente também as áreas de Recursos Humanos das empresas. Com todas as mudanças sociais e de comportamento ocorridas neste período, estas áreas tornaram-se protagonistas dentro das empresas, sendo as responsáveis por colocar em prática todas as adequações exigidas pelas novas relações com os negócios e com o trabalho.
É a área de RH que precisa lidar hoje com situações diversas, como o trabalho remoto de uns, o trabalho híbrido de outros e o retorno presencial de outros tantos colaboradores. Não se trata apenas de definir tarefas e metas, mas de garantir a comunicação efetiva, o trabalho colaborativo, o engajamento e a disseminação da cultura, propósito e valores da empresa.
Para a Sr. HR Value Experience Expert da SAP Brasil, Luciana Starnini, essa nova conjuntura é que tem levado à digitalização massiva também dos processos de Recursos Humanos. “Nesse novo contexto, a área de RH nem sempre consegue antecipar tendências e prover com destreza as respostas que as empresas exigem”. Com isso, a crescente necessidade do uso de tecnologias inteligentes, como as soluções de Human Experience Management (HXM) da SAP SuccessFactors, se faz primordial para dar suporte à tomada de decisões com confiabilidade, agilidade e segurança.
A necessidade de digitalização sempre existiu, mas Luciana lembra no entanto, que ela ainda não se encontra no topo das prioridades das empresas. “As organizações investem hoje de 3,5% a 9,5% do seu orçamento em digitalização[1]. Muitas empresas possuem alto poder de digitalização nas suas demais áreas como as relacionadas ao cliente final por exemplo, mas não para o RH, para o atendimento ao cliente interno, não sabendo por onde começar”, provoca.
Mas existe um caminho para isso. De acordo com Luciana, antes de adotar uma nova tecnologia, a área de RH deve identificar seus principais pontos nevrálgicos e a partir daí, fatiar os processos, priorizando aqueles que melhor atendem as suas necessidades.
Um dos principais pontos fracos relatados por profissionais brasileiros de RH é a ineficiência operacional, muito potencializada pelo desafio da mensuração subjetiva. Isso acontece porque o uso de planilhas e outros métodos manuais só torna mais complexo o monitoramento de métricas como níveis de motivação, taxas de retenção e engajamento. Essa dificuldade faz com que dados deste tipo fiquem de fora dos relatórios do RH, privando a gestão de insights valiosos da relação Homem-Trabalho-Negócio.
“Processos objetivos também apresentam dificuldades. Prazos de recrutamento com suas diversas etapas e particularidades são um exemplo”, lembra. Entram aqui também componentes como tempo de admissão, promoção ou demissão, que seja pela legislação local ou complexidade operacional, oneram toda a cadeia valor impactando os seus diferentes atores. O esforço transacional exigido sobrecarrega todo o time, principalmente os gestores, e tira o foco do core business o que impacta diretamente o negócio.
Outro desafio enfrentado constantemente pelas áreas de RH são os processos complexos que dificultam a adoção de novas tecnologias. “Com isso, o autosserviço e a descentralização, tão essenciais para o alcance da eficiência operacional, ficam fora da equação, diz Luciana. A criação do mindset digital da companhia exige uma releitura das políticas internas e alinhamento das melhores práticas de mercado ajudando a criar uma cultura de mobilidade, que traz autonomia e acesso a dados em tempo real, facilitando a rápida tomada de decisão e diminuição dos custos envolvidos em todo o ecossistema.
Visão 360
Em todos os casos citados acima, a tecnologia evita gastos adicionais que tanto afetam os resultados do negócio e a motivação dos acionistas. Além disso, ela é fundamental para a implementação de uma estratégia de dados efetiva dentro da área. É sabido que o RH produz um imenso volume de dados que, quando não informatizados, acabam sendo desprezados e inutilizados. “É primordial ter claro o valor dos dados não qualificados e a não-análise, já que é alto o custo do erro, impactando negativamente a credibilidade da área de RH e a competitividade do negócio”, lembra.
Além disso, por ser sistêmico, o RH acaba permeando outras áreas da companhia e o envolvimento entre os demais departamentos traz informações relevantes e complementares, modelando dados de forma inteligente e unificada. Para Luciana, o uso de tecnologias inteligentes traz maior empoderamento para a área. “Não se trata apenas de alcançar maior eficiência operacional, mas de posicionar o RH nas decisões estratégicas das empresas, promovendo com as demais áreas uma comunicação holística e o alcance dos objetivos chaves”, diz, lembrando que, se antes faltava repertório, com a tecnologia vem o acesso a dados estratégicos, agregando valor aos desafios do negócio e contribuindo para o alcance da perenidade da organização.
Um dos conceitos muito utilizados nas soluções de tecnologia desenvolvidas para dar suporte às áreas de RH é o da visão 360°. No novo contexto – híbrido e digital – esta visão é imprescindível para conhecer mais profundamente os principais motivadores dos colaboradores com os quais se trabalha e seus impactos na realização das atividades essenciais nas organizações. Esse conhecimento torna mais fácil identificar os gaps de motivação permitindo aos gestores que conheçam bem os seus colaboradores, criando ações efetivas para identificar, desenvolver, remunerar e reter os melhores talentos.
“Para que este cenário se torne uma realidade, é necessário simplificar e integrar os processos de gestão de capital humano na sua organização, através de ferramentas “poderosas” que possam garantir o sucesso das operações”, explica Luciana, citando o exemplo da solução SAP HCM & SAP SuccessFactors (SaaS), que oferece funcionalidades para o auxiliar a encontrar as pessoas certas para os cargos certos, desenvolver potenciais e pipeline de líderes, reter talentos e envolver uma força de trabalho diversa com uma experiência única e digital de RH.
Para isso, a solução conta com um amplo conjunto de funcionalidades que permitem aos gestores ter uma visão global de todos os seus recursos. “Muitas organizações selecionaram esta solução para realizar a transformação digital das suas áreas de RH, inovando e posicionando os colaboradores no centro das suas estratégias de gestão digital”.
Luciana lembra por final, que as soluções SAP SuccessFactors (SaaS) proporcionam um RH na ponta dos dedos com a extensibilidade que respeita as particularidades e o momento de cada negócio, sempre com a melhor experiência para todos os usuários sejam ele Colaboradores, Gestores e RH, itens esses, absolutamente ímpares para a conquista dos melhores talentos e aumento da competitividade e diferenciação frente a concorrência.
- Fonte: ITForum.com.br
- Imagem: Freepik
- 10 de junho de 2022