Segundo estudo da Cisco, entretanto, maioria dos brasileiros acredita que suas empresas não estão preparadas para a modalidade
Novo estudo global realizado pela Cisco relacionou o trabalho híbrido ao bem-estar e felicidade dos funcionários, e buscou avaliar os impactos econômicos da modalidade para os trabalhadores.
Três quartos dos colaboradores (76%) no mundo sentem que sua função agora pode ser desempenhada tão bem remotamente quanto no escritório. No entanto, a pesquisa com 28 mil colaboradores de 27 países revela que apenas um em cada quatro (25%) sente que a sua empresa está ‘muito preparada’ para um futuro de trabalho híbrido. No Brasil, esse número é de 28,3%.
“Está claro que o trabalho híbrido veio para ficar, já que empregados e empresas veem benefícios tangíveis em indicadores importantes, desde melhoria do bem-estar geral até melhor produtividade e desempenho no trabalho. No entanto, é preciso fazer mais para aproveitar todas as oportunidades de um futuro de trabalho híbrido, particularmente na criação de uma cultura inclusiva, na elaboração de estratégias de engajamento de colaboradores e na implantação de infraestrutura de tecnologia”, afirma Renier Souza, diretor de Engenharia da Cisco do Brasil.
Com o trabalho em casa, os profissionais passaram a economizar em tempo e em dinheiro. Quase dois terços das pessoas (64%) economizaram pelo menos quatro horas por semana quando trabalharam em casa e mais de um quarto (26%) dos entrevistados economizou oito ou mais horas por semana. No Brasil, os números são ainda maiores com 65% afirmando poupar mais de quatro horas semanais e 30% economizando oito ou mais horas por semana no home office.
No momento da pesquisa, mais de três quartos (76%) dos entrevistados responderam que seu bem-estar financeiro melhorou porque podiam economizar dinheiro enquanto trabalhavam remotamente. A economia média foi de pouco mais de US$150 por semana, o que equivale a aproximadamente US$ 8 mil por ano. Entre os entrevistados brasileiros, a economia média nos últimos 12 meses foi cerca de R$ 38 mil (US$ 7.800).
Um número considerável, 87%, classificou a economia de combustível e/ou deslocamento como uma das três principais fontes de economia, seguida por uma redução nos gastos com alimentação e entretenimento para 74% dos entrevistados. Quase nove em cada dez (86%) acreditam que podem manter essas economias a longo prazo, e 69% levariam essas economias em consideração ao contemplar uma mudança de emprego, por exemplo.
Dada a melhoria em vários aspectos do bem-estar, a maioria (82%) dos trabalhadores diz que a capacidade de trabalhar em qualquer lugar os tornou mais felizes. Mais da metade (55%) relata que o trabalho híbrido ajudou a diminuir seus níveis de estresse. Cerca de um terço (29%) considera o trabalho híbrido mais relaxante e a pressão no ambiente de trabalho menor, enquanto 27% atribuem a diminuição do estresse à maior flexibilidade oferecida pelos modelos de trabalho híbrido.
No entanto, nem todos relataram experiências positivas. Mais da metade (55%) acredita que os comportamentos de microgerenciamento aumentaram com o trabalho híbrido e remoto.
- Fonte: ITForum.com.br
- Imagem: Freepik
- 09 de maio de 2022