Stefanini@Home é um pouco maior do que um assento na classe econômica.
A Stefanini acaba de criar uma espécie de “mini escritório” para funcionários trabalhando em home office.
O Stefanini@Home é uma espécie de cabine, com 1,6 metro de profundidade, 1 metro de largura e 2,2 metros de altura.
A título de comparação, o espaço é mais ou menos o dobro de um assento de classe econômica típico em um avião (com a vantagem de que ninguém pode reclinar o assento da frente).
A novidade já está sendo testada com 50 profissionais e a ideia da Stefanini é usar ela para serviços de atendimento ao cliente, suporte técnico, backoffice, vendas e cobrança, todas atividades típicas em contratos de terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês).
De acordo com a Stefanini, os benefícios são “privacidade instantânea, eliminação de ruídos, além de um ambiente de trabalho funcional e ergonômico”.
A empresa não chega a dizer isso, mas em termos de espaço, a novidade não difere muito do espaço típico disponível para um funcionário em um contact center, com a diferença que uma posição de atendimento costuma ser aberta.
A novidade está sendo desenvolvida em parceria com a Minimal Design, uma marca de móveis para escritórios especializada em projetos minimalistas, dentro do conceito “menos é mais” e a NOAK, um escritório de arquitetura com uma pegada semelhante (de fato, a NOAK é tão minimalista que não diz quase nada sobre si mesma em seu site).
O Stefanini@Home não é apenas a cabine, incluindo também uma camada de software que usa biometria facial para login, controle da conexão e de login e logout.
“Uma verdadeira plataforma de aprendizagem inteligente, que permite melhorar o desempenho dos funcionários a partir da capacitação on-line e da fluidez na comunicação”, afirma Marco Stefanini, CEO Global do Grupo Stefanini.
Virada ambiciosa para Home Office
A Stefanini está fazendo no momento uma das apostas mais ambiciosas em curso no país quando o assunto é trabalho em casa.
A Stefanini está preparando o que até agora é a virada mais ambiciosa de uma grande empresa de tecnologia para o home office de maneira permanente após a pandemia do coronavírus.
O projeto, batizado de Stefanini Everywhere, tem por meta que metade do time trabalhe em home office num prazo de 12 a 18 meses, sendo 60% dessa equipe de maneira permanente e outros 40% de maneira parcial.
É uma mudança enorme para uma empresa que tem 25 mil funcionários (14 mil no Brasil) e tinha antes da crise uma prática mínima de home office, limitada a 120 profissionais na Europa.
Isso era assim, é claro, até a entrada em cena do coronavírus: hoje, mais de 90% dos 25 mil colaboradores em todas as regiões estão em home office há dois meses.
A migração para o home office se dará tanto por novas contratações de profissionais no “interior do país”, num ritmo de entre de 150 a 200 por mês em 2020, com uma subida ainda maior em 2021, quando aquisições devem elevar a velocidade para 500 por mês.
Caso a Stefanini consiga contratar na velocidade máxima e feche as aquisições previstas, estamos falando de quase 7 mil novos funcionários em home office.
Fonte: Baguete
19 de agosto de 2020