Estimuladas por um pedido da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), mais de 140 startups brasileiras se dispuseram a disponibilizar inteligência e tecnologias para auxiliar na tragédia gerada pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Uma delas é a BirminD, que criou um aplicativo capaz de estimar o fluxo de rejeitos e cruzar com o último sinal de GPS que uma pessoa tenha tido antes do rompimento da barragem. “Com essa informação queremos estimar, levando em conta o arrasto da lama, onde a pessoa possa estar”, explica um dos fundadores da empresa, Diego Oliveira.
Como os dados de localização são sigilosos, a ideia é que as empresas de telefonia utilizem o aplicativo para ajudar as equipes de salvamento. A Nong, que fornece serviço de monitoramento por drones, se colocou à disposição para, com as suas câmeras de alta resolução, fazer um modelo digital da área. “A partir das fotos, geramos vários mapas e poderemos calcular a declividade do terreno e entender todo o relevo, o que é fundamental em uma operação de resgate”, explica o diretor de engenharia da Nong, Gabriel Postiglione.
As informações recebidas pela ABDI estão sendo compiladas e repassadas para as autoridades. “Estamos apelando ao espírito solidário do nosso ecossistema de empreendedorismo e inovação para um verdadeiro mutirão cívico de ajuda à cidade de Brumadinho”, relata o presidente da ABDI, Guto Ferreira.
Fonte: Jornal do Comércio
30 de janeiro de 2019
