Pesquisa da Deloitte publicada com mais de 10 mil pessoas em 36 países revelou que as gerações millenium e Z – nascidos de 1980 a 2010 – sentem-se despreparadas para as mudanças da Indústria 4.0 e querem que os negócios as ajudem a desenvolver as habilidades necessárias para o sucesso.
Apenas 36% dos millennials, e 42% da geração Z, relataram que seus colaboradores os ajudavam a entender e se preparar para as mudanças associadas à essa nova revolução industrial. Outro ponto importante abordado pelos jovens é a busca por orientação muito mais ampla do que o conhecimento técnico.
Os jovens profissionais buscam especialmente ajudar na construção de características mais flexíveis, como confiança, habilidades interpessoais e – particularmente para a Geração Z – aptidão ética/integridade. No Brasil, empresas com cultura de startup já têm essa percepção e inovaram na forma de atrair e reter os talentos dessa geração.
A FCamara, consultoria que desenvolve soluções tecnológicas para plataformas e e-commerces, com mais de 400 consultores, desenvolve entre seus colaboradores, de forma contínua, workshops que visam criar uma rede de conhecimento compartilhada.
Com temas que variam entre conhecimentos técnicos da área de tecnologia e aspectos filosóficos aplicados ao mundo dos negócios, os encontros promovem a troca de ideias e informações que são usadas no dia a dia do trabalho e que ajudam no repertório criativo desses profissionais.
“Além dos workshops, que oferecemos para todos os colaboradores com foco principal em liderança, filosofia e gestão, nós temos um culture code que dá diretrizes modernas e liberais, inspiradas nas empresas do Vale do Silício, no qual incentivamos a auto responsabilização e execução de ideias para o desenvolvimento de inovações.
Temos também um importante programa de formação no qual selecionamos e preparamos profissionais que se tornam referência na área no mercado.
Temos o compromisso de ter esses profissionais em nossa empresa pelo mínimo de dois anos, pois acreditamos que esse tempo é um investimento positivo para os dois lados – a empresa, que conta com a excelência do trabalho do candidato treinado; e o profissional, que sabe que está inserido em um ambiente onde suas ideias serão ouvidas e que ele encontra boas oportunidades de crescimento e desenvolvimento”, explica Fábio Camara, CEO da FCamara.
Outro grande atrativo da empresa é o Programa de Formação. Por meio dele, novos talentos são selecionados para participar de um estágio remunerado de três meses, no qual são inseridos em projetos reais e solucionam desafios semelhantes ao que encontrariam na rotina de trabalho da empresa.
Os trainess recebem treinamentos e orientações por meio de coaching filosófico ministrado por consultores da empresa e pelo próprio CEO.
Os que finalizam o programa e se destacam são convidados a integrar a equipe, sendo contratados efetivamente. Só no último semestre, mais de mil jovens se inscreveram para o programa, e cerca de 50 foram contratados. “Queremos treinar esses jovens talentos para formar times de sucesso.
Na FCamara, valorizamos a diversidade e trabalhamos de forma horizontal, incentivando as pessoas a crescerem pessoalmente e profissionalmente”, explica. A empresa também conta com uma Venture Builder, uma organização interna para construção de startups com seus próprios recursos.
Como evitar erros que impedem de decolar Na ânsia de desenvolver um novo negócio, os empreendedores querem enxugar custos e acabam esquecendo de atender às necessidades jurídicas básicas. Trata-se de um esforço que deve ser feito no início do desenvolvimento da startup a fim de garantir a representação de todos os envolvidos e minimizar riscos futuros.
Segundo pesquisa do Sebrae, em parceria com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, cerca de 30% das startups fecharam as portas no último ano. Em função desse cenário, Arthur Braga Nascimento, sócio e coordenador do departamento BNZ for Startups da Braga Nascimento e Zilio Advogados, mostra alguns caminhos que as startups devem adotar para evitar que problemas de natureza legal empaquem a continuidade do negócio.
Fonte: Jornal do Comércio
18 de junho de 2018