Segundo dados da Softex, o Brasil possui mais de 1,3 milhão de empregos no setor de TI. Entretanto, a falta de profissionais qualificados gera um gap de 48 mil vagas a serem preenchidas que podem ocasionar perdas de aproximadamente R$ 115 bilhões até 2020. Uma pesquisa realizada pelo IDC aponta que devem ser criadas, no mundo, 3,3 milhões de empregos no setor até 2022, sendo mais 195 mil novas vagas somente no Brasil, impulsionadas pelo desenvolvimento tecnológico e a entrada de novas áreas com o avanço da inteligência artificial e o IoT, por exemplo.
A falta de profissionais capacitados para preencher as ofertas de trabalho afeta todos os tipos de empresas que, na maioria das vezes, optam por treinar seus novos funcionários e criar um bom ambiente para retê-los com ótimos salários e desafios constantes.
De acordo com o Diretor de TI da Braspag, Felipe Cotecchia, “esta lacuna ocorre porque o sistema de ensino não consegue acompanhar a velocidade tecnológica, criando novos cargos antes mesmo de capacitar profissionais para ocupá-los”, explica. O executivo também aponta que “a maioria das universidades ensina o conteúdo geral e os profissionais saem para o mercado sem capacitação suficiente para assumir todas as demandas de suas funções. É muito importante saber um pouco de tudo, mas precisa se especializar”, afirma.
Por outro lado, a identificação com a cultura da empresa torna-se cada vez mais imprescindível para ambas as partes e, embora a falta de profissionais qualificados seja uma realidade, “este pré-requisito é mantido pelo mercado e essencial para desenvolvimento do profissional dentro da empresa”, garante a head de Recursos Humanos da Braspag, Marcelle Jordão.
Recentemente, a Braspag detectou uma postagem de um ex-funcionário no site Love Mondays em que criticava o ambiente descontraído da empresa, chamando os antigos colegas de ‘selvagens’. A repercussão espontânea do post pelos frequentadores do site que apoiam este tipo de cultura com a hashtag “somosselvagens” fez com que a empresa criasse um programa de reconhecimento intitulado Guerreiros do Gateway.
O programa faz referência ao mundo dos guerreiros vikings, reforçando assim a cultura da empresa através de diversas ações ao longo do ano. “Os próprios colegas de trabalho ficaram indignados com o post, pois eles prezam muito pela cultura despojada da empresa, que permite o uso de trajes mais informais e oferece opções de lazer, além de mais autonomia na realização das tarefas diárias”, conta Marcelle, que acrescenta: “outros visitantes do site aderiram à campanha de forma totalmente espontânea.
Esta atitude nos mostrou que estávamos no caminho certo e nos deu a ideia do programa de reconhecimento, que foi bastante elogiado pelos nossos colaboradores”, diz.
Atualmente a Braspag conta com 50 funcionários no setor de TI, metade do total da empresa; alguns deles com mais de 10 anos de casa. “A Braspag preza pelo autogerenciamento e conta com a aprovação de todo o time na contratação, o que garante que o novo funcionário será bem acolhido, além de promover a união das equipes”, explica Marcelle. A cada 30 candidatos que participam do processo seletivo apenas um é contratado. Sem abrir mão da qualidade do time, a Braspag fornece treinamentos e outros benefícios.
Fonte: SEGS
12 de novembro de 2018