O South Summit, um dos maiores eventos internacionais de inovação e tecnologia que será realizado pela primeira vez fora da Europa, deve contar com mais de 15 mil pessoas circulando pelo encontro durante os três dias da sua realização (4, 5 e 6 de maio) em Porto Alegre. A previsão é do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Alsones Balestrin, que ressalta a empolgação do setor com o acontecimento que será promovido nos armazéns do Cais Mauá, em um espaço de 12 mil metros quadrados.
São mais de 450 palestrantes confirmados, 991 startups inscritas (de 71 países), 90 CEOs, 14 unicórnios, além de mais de 80 fundos e investidores (20 internacionais). “Será um evento que vai marcar, colocar uma bandeira no Estado e no Brasil, porque é algo global”, enfatiza o secretário. Ele assinala que acabam vindo representantes de toda a cadeia da inovação gerando negócios, parcerias e aprendizado. Também foi confirmada a presença no South Summit Brasil do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim.
Balestrin foi o palestrante da primeira reunião-almoço presencial efetuada pela Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul (AHKRS) depois de dois anos de encontros exclusivamente virtuais devido à pandemia de coronavírus. O evento ocorreu nesta terça-feira (26) no salão Nobre do Hotel Plaza São Rafael, na Capital. Na ocasião, o secretário salientou que, dentro da estratégia de desenvolvimento do Estado, a inovação representa um papel muito relevante. Uma demonstração disso, frisa o dirigente, é o Avançar na Inovação, programa lançado no ano passado pelo governo gaúcho e que prevê R$ 112,3 milhões em investimentos nessa área até o final de 2022.
Conforme Balestrin, a parceria entre governo, universidades e indústrias é o que move os ecossistemas de inovação. “Estamos vivendo em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul um movimento muito favorável a esse tema para que ele possa ganhar uma dimensão ainda maior”, afirma o secretário. Ele acrescenta que o Estado apresenta um ambiente rico em startups, parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras, o que é fundamental para a competitividade local. Segundo dados da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, o Rio Grande do Sul é responsável por 11,5% da produção científica do País, possui 141 instituições de ensino superior, 43 incubadoras, 30 instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs) e 16 parques tecnológicos.
Outro ponto enfatizado por Balestrin é que se precisa muito tempo para formar talentos e várias vezes esses profissionais migram para outras regiões. Por isso, para segurar esses recursos humanos, o secretário defende que é necessário criar condições mais amigáveis para os empreendedores e fortalecer uma cultura de inovação local.
- Fonte: Jornal do Comércio
- Imagem: Maria Ana Krack- PMPA
- 26 de abril de 2022