O mercado de software de segurança está passando por uma importante transformação causada por quatro fatores: uso de Analytics avançado, ecossistemas expandidos, a adoção de Software como Serviço (SaaS) e de serviços gerenciados e o aumento de regulamentações punitivas estão fazendo com que as organizações repensem seus investimentos e requisitos de software de segurança e gestão de risco.
A informação é do Gartner, segundo o qual o mercado de segurança em geral está passando por um período de disrupção graças à rápida transição para os negócios digitais baseados em Nuvem e aos modelos de tecnologia que estão mudando a forma como as funções de segurança e risco entregam valor às organizações.
Ao mesmo tempo, o cenário de ameaças e o aumento no número de incidentes de alto impacto também estão gerando demanda por inovações e tecnologias de segurança que ofereçam maior efetividade.
Até 2020, a consultoria afirma que o Analytics avançado será integrado em ao menos 75% dos produtos de segurança: as empresas estão cada vez mais buscando produtos que incorporem tecnologias de análise preditiva e prescritiva mais inteligentes, o que ajuda a alertar os usuários para potenciais incidentes de segurança e oferece orientação quanto às melhores formas de resposta. Essas capacidades analíticas mais avançadas são norteadas por uma série de tecnologias subjacentes, como heurística, inteligência artificial e aprendizado de máquina, entre outras.
Os fornecedores de sucesso trabalharão com clientes e prospects para entender os casos em que o Analytics entregará valor significativo e ampliará equipes e recursos de segurança limitados.
Adquirir e integrar produtos e tecnologias será uma estratégia fundamental para aumentar o market share e entrar em novos mercados: devido à predominância de startups e fornecedores menores, a busca por abordagens inovadoras para problemas de segurança e as estratégias de aquisição, integração e consolidação são altamente eficazes para aumentar o market share e entrar completamente em novos mercados.
O Gartner avalia que em muitos casos, fornecedores mais desenvolvidos que buscam expansão contínua estão adquirindo companhias de rápido crescimento vindas de mercados adjacentes emergentes. Em outros casos, vendedores estão otimizando seus lucros por meio da consolidação de produtos similares em uma mesma marca, alavancando economias de escala ao combinar funções-base, como desenvolvimento, suporte, vendas e marketing.
A busca do consumidor final por flexibilidade aumentará a adoção de SaaS: compradores de produtos de segurança estão tomando decisões de investimento que suportem os negócios digitais, se ajustem aos seus desafios atuais e entreguem desempenho de valor. Durante a Conferência, analistas do Gartner apresentarão os resultados de pesquisa realizada com usuários finais sobre gastos com segurança, indicando, entre outras coisas, que, para alcançar esses objetivos, os entrevistados preferem produtos no formato “como serviço”.
SaaS para segurança e gestão de risco está se tornando decisivo, já que os clientes estão migrando para práticas de negócios digitais. No entanto, os fornecedores devem considerar as implicações financeiras de manter suporte para o legado de produtos de segurança enquanto investem em produtos “como serviço” e serviços gerenciados.
O ambiente regulatório criará oportunidades para provedores de software de segurança: o General Data Protection Regulation da União Europeia entrará em vigor em 25 de maio de 2018 e poderá fazer com que organizações paguem multas altas caso seja relatada uma única reclamação sobre incapacidade com dados privados. Regulamentações punitivas irão gerar tensão no alto escalão das empresas, norteando as tomadas de decisão quanto ao orçamento para software de segurança com base nos potenciais impactos financeiros de multas e não conformidade.
Como consequência, as organizações buscarão fornecedores com produtos que ofereçam a visibilidade e o controle necessários para seus dados. Os provedores precisam identificar os principais requerimentos e restrições regulatórias em suas regiões de interesse por meio da atuação junto a conselhos legais para entregarem opções de produtos e serviços que amenizarão a tensão dos líderes empresariais.
TI INside
18 de julho de 2017