Procempa cria área de compliance

Estatal de TI de Porto Alegre quer ser a primeira do país certificada no assunto.

A Procempa, estatal municipal de tecnologia de Porto Alegre, acaba de criar uma área interna de compliance, visando ser a primeira empresa pública do setor no país a ser certificada no tema.

O advogado André Luiz Pontin, especialista na área de compliance, vai liderar o setor, no cargo de gerente de controladoria.

“Nós trabalharemos no incremento e aperfeiçoamento dos instrumentos e das políticas que a Procempa já possui, sem a necessidade de duplicação de esforços ou substituição de práticas que funcionam”, afirma Pontin.

O advogado é uma autoridade no tema compliance, participando em iniciativas sobre o tema da OAB, Federasul e na Associação Brasileira de Auditoria, Riscos e Compliance, entre outros.

“O nosso papel será consolidar um conjunto de políticas e mecanismos capazes de prevenir, detectar e remediar não conformidades, sempre alinhados com a gestão de risco e a estratégia da companhia”, detalha Pontin.

Pontin é mais uma nomeação da nova gestão da Procempa, encabeçada por Letícia Batistela, uma advogada conhecida pela sua atuação na área de TI, tendo sido presidente da Assespro-RS no biênio 2014-2016 e presidente do CETI, um conselho de entidades da área de TI, no ano de 2016. 

Também integram o novo time a diretora técnica Débora Roesler, profissional que na última década esteve na Getnet, onde foi líder da área Hub Analytics e o diretor administrativo Marco Antonio Seadi, que já havia sido diretor administrativo da empresa por cinco anos, entre 2013 e 2018.

O assunto compliance na Procempa não é um tema trivial. A companhia esteve envolvida em um dos maiores escândalos de corrupção na história recente de Porto Alegre.

As revelações de desvios de verbas na estatal iniciaram em 2013, resultando já naquele ano na renúncia do presidente e do diretor técnico. 

O caso teve desdobramentos por anos, resultando em  23 ações na Justiça: 14 cíveis e oito criminais. 

São apuradas diversas fraudes que teriam ocorrido na companhia, que foi um feudo do PTB entre 2005 e 2013, um período que inclui as administrações de duas administrações e José Fogaça (PPS e PMDB) e uma de José Fortunati (PDT), no meio da qual estourou o escândalo de corrupção na estatal.

 

Fonte: Baguete

Foto: Freepik

16 de abril de 2021