Uma pesquisa entre os estudantes de cursos online gratuitos de desenvolvimento de software mostra as características que levam as empresas do segmento de tecnologia da informação (TI) a selecionar e efetivar a contratação. Do total de estudantes indicados para as companhias após a conclusão das aulas, 25% deles foram admitidos porque tinham características bastante valorizadas por esse mercado. Entre elas, estão a preocupação em criar seu portfólio de projetos, a disposição para compartilhar seus conhecimentos em comunidades, e a curiosidade de estar em contato com as mais modernas tecnologias, além de outros atributos.
O levantamento realizado pela Digital Innovation One mostra ainda que os estudantes na plataforma recentemente estão cada vez mais antenados com as novas tecnologias. Por esse motivo, conseguem uma colocação profissional muito rápida nesse ramo de atividade. O estudo foi realizado entre 400 desenvolvedores de software estudantes, encaminhados para 45 empresas parceiras da startup.
Destes, 100 profissionais que passaram pelas capacitações e, posteriormente, nas indicações da Digital Innovation One foram contemplados com uma contratação por parte dessas companhias. A pesquisa abrange um período entre janeiro do ano passado e abril de 2020. Na prática, esses resultados confirmam novas características e comprovam que começa a emergir uma nova geração de desenvolvedores de software mais competitivos e adaptados para o futuro da profissão.
“As empresas precisam de soluções tecnológicas para serem mais competitivas globalmente e isso exige que os desenvolvedores de software sejam mais dinâmicos, colaborativos e curiosos para pesquisar e criar soluções inovadoras. Essa necessidade do mercado está moldando uma nova geração colaborativa que já inicia a sua jornada praticando, desenvolvendo seus próprios aplicativos, websites e soluções digitais com tecnologia de ponta”, destacou CEO da Digital Innovation One, Iglá Generoso.
Características muito valorizadas
Entre os desenvolvedores de softwares estudantes dos cursos online que foram contratados pelas empresas parceiras da startup, 85% tinham um repositório de projetos alinhado ao seu currículo. Segundo o CEO, isso significa que esses profissionais se mostram preocupados em praticar, experimentar e exercitar a sua criatividade. Ou seja, eles têm um diferencial em seu portfólio.
Esse mesmo contingente também se encontrava integrado de forma colaborativa a alguma comunidade de desenvolvimento de softwares. Para Generoso, esse tipo de participação nas referidas comunidades fomentam a aprendizagem no segmento como um todo.
Além disso, 50% dos contratados pelas empresas mostraram que já haviam construído textos, projetos ou artefatos de conhecimento público na internet. “Esse contexto destaca a capacidade desse pessoal para ensinar conteúdos de tecnologia e, consequentemente, um perfil mais colaborativo”, apontou o CEO.
A pesquisa da Digital Innovation One também ressalta que 80% dos admitidos apresentaram algumas evidências de contatos com novas tecnologias, como o computação em nuvem e big data, inteligência artificial (IA), machine learning e reconhecimento de voz, entre outras. Na avaliação de Generoso, essa curiosidade é fundamental e aponta uma predisposição para explorar as tecnologias que são tendências para o futuro.
O estudo mostra também que 90% apresentavam grande conhecimento em metodologias ágeis e tinham ambições de crescer profissionalmente. “Mas eles não levavam só em consideração o dinheiro, mas sim o propósito da sua jornada e o resultado do trabalho que produzem no segmento.”
Entre os contratados pelas parceiras da startup, 75% utilizavam as principais comunidades e sites internacionais de pesquisas. Fora isso, todos os admitidos após indicação haviam concluído ou cursavam uma graduação nas áreas de exatas e demonstravam evidências práticas com algoritmos.
Pontos que impedem a contratação
A pesquisa verificou quais as características que impedem uma possível contratação na área de TI. Uma delas é ter apenas conhecimento teórico e falta de experiência prática com as linguagens de programação. Hoje não é necessário estar empregado para desenvolver experiência prática, representando que o candidato pode ser pouco dinâmico e criativo.
A falta de elementos de colaboração e de trabalho em equipe é mais um ponto que impede uma possível contratação. A pouca visão de desenvolvimento e operação de softwares, a ausência de curiosidade, de comportamento autodidata e dificuldade com o pensamento lógico também são os itens que impedem uma admissão nas empresas de TI.
Fonte: TI Inside
15 de junho de 2020