Desenvolver soluções de identidade digital de pessoas e coisas baseadas em Blockchain. Esse é o principal objetivo do projeto BlockIoT – Blockchain para IoT, que está sendo desenvolvido no CPqD com o apoio de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações, gerenciados pela FINEP.
O projeto tem como base o conceito de Internet of Trusted Things, que dá mais segurança, privacidade e confiabilidade aos processos de autenticação, controle de identidade e de rastreabilidade dos objetos, bem como à auditoria de transações realizadas no universo IoT. “Um dos fatores básicos para aumentar a confiança no ecossistema IoT é a identificação digital segura, e isso vale para pessoas e coisas”, explica José Reynaldo Formigoni, gestor de Soluções Blockchain do CPqD.
“A internet foi criada sem a camada de identificação, o que gera vulnerabilidades nos diferentes sistemas de identidade e acesso usados atualmente. Blockchain viabiliza a criação dessa camada, por meio de um conceito totalmente disruptivo e seguro de que é a identidade digital descentralizada, ou autossoberana”, acrescenta.
Na primeira fase do projeto, que começou em dezembro e tem duração de 12 meses, serão desenvolvidos componentes tecnológicos e um conjunto de aplicações voltadas para a identidade digital (ID) de pessoas e coisas. Na segunda etapa, com duração prevista em 24 meses, o objetivo é desenvolver outros componentes tecnológicos e aplicações de ID descentralizada, rastreabilidade e processos seguros de autenticação.
Segundo Formigoni, no momento, a equipe do CPqD está avaliando as várias plataformas de desenvolvimento disponíveis no mercado, que poderão ser utilizadas como framework do núcleo (core) da solução blockchain do projeto. “Vamos escolher uma ou mais plataformas de código aberto para desenvolver a rede distribuída, o ledger (livro de registros) e os contratos inteligentes”, afirma.
Além disso, o CPqD também será responsável pelo desenvolvimento de componentes da camada de serviços da solução, como APIs, middleware de serviços e de suporte. E, ainda, pela criação de aplicações, principalmente de identidade digital de coisas e pessoas, em conjunto com parceiros que apoiem o desenvolvimento e possam contribuir para a identificação de restrições ou requisitos especiais.
Fonte: Decision Report
01 de abril de 2019