Novo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial prevê o investimento de R$ 1,76 bi para melhoria de serviços públicos

A proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028 foi divulgada nesta terça-feira (30/07) na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) terá destaque no terceiro eixo do plano, focado no uso de IA para melhorar os serviços públicos, com um investimento total de R$ 1,76 bilhão.

O objetivo do plano é tornar o Brasil um modelo global de eficiência e inovação no uso de IA no setor público, desenvolvendo soluções que melhorem a oferta e a satisfação dos serviços, impactando o desenvolvimento e a inclusão social.

A ministra da Gestão em exercício, Cristina Mori, destacou a importância de desenvolver capacidades estatais para lidar com a IA, tanto dentro do governo quanto na sociedade, alinhadas com valores de redução de desigualdades, inclusão, democratização e atenção aos desafios globais.

O plano inclui a criação de um Núcleo de IA do Governo, coordenado pelo MGI, com a participação de diversos órgãos como o MCTI, Enap, Universidade de Brasília, Serpro, Dataprev e Finep. Este núcleo desenvolverá uma Plataforma de IA do Governo, com um orçamento de R$ 25 milhões, para treinar e executar modelos de IA até 2026, e estruturar 25 projetos de alto impacto.

Também está prevista a capacitação de cerca de 115 mil servidores públicos para o uso de IA até 2026, com um investimento de R$ 7,5 milhões.

No âmbito da Infraestrutura Nacional de Dados (IND), o plano inclui a catalogação de 2.000 conjuntos de dados do governo federal até 2027 e a promoção do programa Conecta GOV.BR, com uma meta de economia de R$ 6 bilhões na redução de exigências de documentos dos cidadãos até 2026. Além disso, será criada uma nuvem soberana para dados públicos, com um investimento de R$ 1 bilhão, para garantir a autonomia tecnológica, a segurança e a privacidade das informações.

O secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, enfatizou a importância de proteger dados sigilosos e garantir a soberania dos dados, assegurando que o governo tenha controle sobre a localidade onde os dados são armazenados.