Os investimentos em novas tecnologias e modelos de trabalho flexíveis durante o último ano levaram a um aumento de US$ 678 bilhões na receita das indústrias em todo o mundo. E o cenário está pronto para o crescimento contínuo, aponta o estudo The Era of Hyper Innovation, realizado pela Citrix Systems.
Embora céticos no início, os líderes empresariais reconhecem agora os benefícios que o trabalho híbrido pode proporcionar e estão se movendo rapidamente para abraçar o modelo, juntamente com ferramentas e processos que capacitam os funcionários a criar e inovar, onde quer que eles estejam. “Se a pandemia provou alguma coisa, é que a inovação pode acontecer em qualquer lugar”, afirma o vice-presidente executivo de estratégia corporativa da Citrix, Tim Minahan.
Colaboração presencial e inovação de sucesso costumavam ser sinônimos, mas a tecnologia mudou isso. Quase nove em cada 10 líderes empresariais que participaram da pesquisa dizem que a implantação e a adoção de novas ferramentas de trabalho inspiradas na pandemia melhoraram enormemente a maneira como indivíduos e equipes interagem. Dos entrevistados, 80% esperam que sua organização entre em uma hiper inovação nos próximos 12 meses e gere mais ideias do que nunca como resultado.
Na ausência da comunicação presencial, os funcionários encontraram novas formas de se conectar que, segundo os líderes ouvidos, melhoraram a colaboração entre indivíduos e equipes e impulsionaram maior inovação. Para 93% dos entrevistados, o aumento da colaboração digital fez com que vozes mais diversificadas de toda a organização fossem ouvidas e que uma maior variedade de ideias surgisse. Além disso, 80% dizem que eles mesmos tiveram mais ideias criativas durante a pandemia, pois usufruíram de mais tempo livre para pensar.
Em lugares onde mecanismos tradicionais costumavam ser os principais otimizadores de crescimento, tais como aquisição de novos clientes, expansão para novos mercados e atividades de marketing, as organizações pesquisadas na Era da Hiper Inovação atribuem quase metade desse desenvolvimento ao último exercício financeiro à inovação. Eles citaram especificamente os seguintes fatores: adoção de nova tecnologia (16%), novos produtos e/ou serviços (14%), novas formas de trabalho (14%), aquisição de novos clientes (12%), expansão/entrada em novos mercados (12%), atividade de marketing adicional (11%), novas parcerias (10%) e fusões e aquisições (4%).
Para capitalizar a tendência, os líderes empresariais estão mudando o foco para novos produtos e serviços. Dos entrevistados, 69% dizem que aumentarão os investimentos em Pesquisa e desenvolvimento (P&D) nos próximos 12 meses e 28% manterão os níveis atuais, enquanto apenas 3% planejam reduções.
“A inovação não acontece por acaso. As empresas que capacitam os funcionários a fazer seu melhor trabalho, apoiadas pela tecnologia e modelos de trabalho corretos, podem habilitá-los e colher os benefícios que nossa pesquisa mostra que colaboradores podem proporcionar”, aponta Minahan.
- Fonte: Jornal do Comércio
- Imagem: Jornal do Comércio
- 12 de novembro de 2021