Mercado de Internet das Coisas chegará a R$ 26 bilhões no Brasil em 2018

A Internet das Coisas ganha mais contornos na medida em que avança. O estudo IDC Predictions, que aponta tendências e movimentos de mercado para os 110 países nos quais a IDC atua, mostrou que IoT avançará mais rapidamente.

No mercado doméstico, apenas 4% das residências brasileiras possuem algum tipo de dispositivo conectado, como controles de câmeras de segurança, temperatura e ar condicionado, por exemplo.

Para 2018, o mercado doméstico de IoT no Brasil está estimado na ordem de US$ 612 milhões.

Em coletiva de imprensa nessa terça-feira (30/01), Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria de dispositivos para usuários finais (consumer devices) da IDC Brasil, afirmou que há um grande interesse da população pelo assunto e também vontade dos fabricantes em aumentar a oferta de produtos de IoT domésticos.

De acordo com ele, o preço elevado e a interface (como reconhecimento de fala escasso para o português brasileiro) são barreiras ainda para serem transpostas para aumentar o volume de dispositivos conectados à internet. “Diversos produtos para este segmento ainda são importados. Enquanto não tiver produção local será difícil saltar para uma taxa de 20%, por exemplo”, disse.

No mercado corporativo, projetos de IoT ganham força, fazendo com que o mercado total no Brasil seja superior a US$ 8 bilhões neste ano, segundo a previsão da IDC, que tem como base iniciativas alavancadas pelo Plano Nacional de Internet das Coisas (MCTIC e BNDES) nas áreas da saúde, indústria, agricultura e infraestrutura urbana. Falta ainda a definição de tarifação, que deve ser divulgada pela Anatel ainda neste primeiro semestre.

Pietro Delai, gerente de pesquisa e consultoria para infraestrutura na IDC Brasil, vê uma adoção de IoT independente do plano nacional. A IDC já apontou 55 casos de uso de IoT no Brasil e destes apenas sete não crescerão até 2021 a uma taxa de dois dígitos.

A IDC também enxerga a adoção de IoT conjuntamente com outras tecnologias emergentes como  blockchain e inteligência artificial e aponta que no Brasil a preocupação com privacidade e segurança ainda está distante dos padrões europeus ou norte-americanos.

Fonte: Convergência Digital

31 de janeiro de 2018