Maratona de Inovação da PUCRS reúne alunos para pensar em negócios de impacto

Tecnopuc e Idear receberam 17 grupos que desenvolveram projetos em equipes multidisciplinares

A 5º Maratona de Inovação da PUCRS (MIP) de 2023 contou com mais de 180 estudantes inscritos da Universidade, que foram divididos em 17 grupos. A Mip é realizada pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR) e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em conjunto com as sete Escolas de Conhecimento da Universidade. Nos dias 1° e 2 de setembro, os alunos participantes tiveram a oportunidade de atuar em inovação, tecnologia e empreendedorismo, interagindo com outras áreas de conhecimento, tendo como temática central Negócios de impacto: inovação para transformar a sociedade.

A abertura da Maratona contou com a participação de convidados que trabalham diretamente com o tema. Maira Petrini, professora Escola de Negócios, esteve mediando um painel com Ana Lúcia Maciel, coordenadora do Farol Hub Social, Henrique Dias, cofundador da Noharm.ai, e Elisângela Machado, coordenadora do programa Coalizão pelo Impacto.

A 5ª edição da MIP contou com 17 equipes. Durante os dois dias, os grupos foram desafiados a pensar em soluções a partir de três desafios propostos. Integrantes do Parque, como Webmed e Thoughtworks, estiveram presentes para mentorar e auxiliar os alunos durante todo o desenvolvimento dos projetos.

O desafio um tinha como título Aumentando a expectativa e qualidade de vida: da cura a prevenção. O grupo destaque do desafio foi o Daily Sync. A equipe formada por Augusto Borges, aluno da Escola de Comunicação, Artes e Desing, Pietra Lorensi e Fernando Grauer, da Escola de Negócios, e Bianca Segala e Nicolly Rodrigues, da Escola de Direito propôs uma plataforma que cria rotinas de forma automatizadas para profissionais do mercado financeiro que não conseguem manter uma dinâmica saudável. “A nossa plataforma desenvolve toda a rotina por meio de uma inteligência artificial e já conecta com os profissionais da saúde que o usuário da plataforma precisa consultar”, explica Fernando, integrante do grupo destaque. Fernando conta como foi participar pela primeira vez de um programa como o MIP: “Eu decidi que estava na hora e não me arrependo. O contato que temos com pessoas de outras áreas do conhecimento durante o programa é fundamental fomos mentorados durante Maratona e isso nos ajudou desde o começo”, completa Fernando.  

O desafio dois, intitulado de “Promovendo o acesso: Da mobilidade urbana ao enriquecimento cultural para todos”, teve como destaque o grupo Ressuniformado por Leonardo Silveira, Escola de Direito, Vanessa Lima, Sofia Mattos e Enzo Lanzarin, da Escola de Humanidades, Júlia Bueno, da Escola de Negócios, e Maria Danelon, Escola Politécnica. A ideia do projeto foi facilitar a transição para a vida adulta, combinando tecnologia e orientação especializada para direcionar jovens rumo a carreiras promissoras.  

O último desafio proposto foi Reduzindo impactos ambientais: Da reciclagem ao reformular modelos existentes de sistemas, produtos e serviços. A equipe destaque da categoria foi o grupo Kaffa, formado por Isadora Krob, aluna da Escola de Negócios, Isabela Passos e Rafaela Sibemberg, da Escola de Comunicação, Artes e Design, Luiza Lauxen e Milee Koenia, da Escola de Direito. A ideia do projeto é desenvolver um copo reutilizável e de descarte ecológico utilizando a borra de café. O projeto nomeado de Kaffa tem o propósito de impactar o planeta de forma consciente, reutilizando aquilo que se vê como lixo. “Assim utilizamos a borra de café como matéria prima para a fabricação de xícaras e, através de uma economia circular, coletamos essa borra em cafeterias parceiras que recebem o produto final com desconto”, explica Isadora Krob. 

A ideia inicial do projeto surgiu em aula, mas foi na MIP que ele foi desenvolvido em equipe, inserido em ferramenta de modelagem e instruído por professores de diversas áreas, na mentoria, agregando valor e a estrutura que um projeto precisa. Isadora também foi uma das alunas que já havia participado da MIP. “Participei da MIP 2021 logo que entrei na faculdade. Na época ainda estávamos em pandemia e por isso o evento foi online. Foi uma experiência muito desafiado pois, mesmo online, conseguimos juntar pessoas de diversos cursos e concretizar um projeto muito importante sobre o autismo, conquistando o destaque na Maratona”, comenta. 

Gabriele Jeffman, Analista de Inovação e Desenvolvimento do Tecnopuc Startups, ressalta a participação da equipe de startups na Maratona. “É muito legal poder integrar a Maratona de Inovação e contribuir para a o desenvolvimento de projetos dos alunos. Dessa edição da MIP, selecionamos três projetos, que já iniciaram sua trajetória e modelagem do seu negócio na 15° edição do Startup Garage”, comenta Gabriele. 

Para Silvia Dapper, líder de projetos do IDEAR e professora da Escola de Comunicação, Artes e Desing, é preciso destacar a necessidade de pensar no contexto no momento de planejar o projeto. “Para criar um negócio de impacto, uma das principais motivações é trabalhar um determinado contexto para a solução de algum problema social e/ou ambiental. E algo importante para se falar sobre este tipo de empreendimento, é que ele também carrega a necessidade de ser financeiramente sustentável”, completa.  

  

Voto popular  

Outra ação que fez parte da programação da MIP foi o voto popular. Essa atividade se tratava de uma premiação para a equipe que obtivesse maior número de votos por meio das redes sociais. Os grupos participantes contabilizaram mais de 6mil votos e o destaque foi o projeto Connect Malte, que conquistou 2 mil votos.  

A equipe era formada por Eduardo Gasperin, João Panassol, Camila Carnelos, Pedro Grazziotim, alunos da Escola de Negócio, Felipe Julius, estudante da Escola de Comunicação, Artes e Desing, e Emyli Severo, da Escola de Direito.  Eduardo explica que o objetivo do projeto é reciclar o bagaço do malte e utilizar na produção de ração animal. “Nossa ideia é usar essa sobra, que muitas vezes é jogado fora e prejudica o meio ambiente, e transformar em um pré produto de ração”, afirma.  

De acordo com Eduardo, essa foi a segunda vez que ele participou da Maratona. Em 2022, o projeto desenvolvido por ele foi destaque em uma das categorias e também recebeu o prêmio AGES. “A Maratona é uma experiência muito legal. Acho que ela estimula a criatividade e o trabalho em equipe. É legal ter  multidisciplinaridade no grupo e ter vários pontos de vistas para o desenvolvimento do projeto. 

 

  • Fonte: Tecnopuc
  • Imagem: Freepik
  • 14 de setembro de 2023