Descuido com senhas pessoais desperta atenção no meio corporativo, já que comportamento pode indicar negligência com dados sensíveis de empresas; apenas 3% dos brasileiros entrevistados em pesquisa usam um gerenciador de senhas para proteger seus registros online
Aproximadamente metade dos brasileiros (45,9%) nunca muda as senhas com frequência, mesmo após serem informados de uma violação de dados. Entre os que fazem, 68,4% alteram as do site invadido, mas não as de outros websites. Isto é alarmante, já que os criminosos usam as mesmas credenciais para acessar outras contas dos usuários, contando com a possibilidade de que elas estejam protegidas pela mesma senha.
Para se ter uma ideia, cerca de 17% dos entrevistados de uma pesquisa da Avast disseram que já foram afetados por uma violação de dados. Outros 23,9% dos brasileiros disseram que não têm certeza de que informações estavam incluídas em algum tipo de fraude.
Bases com dados roubados aparecem frequentemente na darknet mesmo anos após uma violação ter acontecido, para outros criminosos comprarem e usarem ilicitamente. Muitos adquirem as informações de conta, incluindo nomes de usuário, senhas e informações de cartão de crédito por R$ 7,00 ou menos, dependendo da taxa de câmbio do Bitcoin.
Como grandes serviços como Yahoo e LinkedIn já foram violados e vazamentos de dados apareceram online, não é de se surpreender que três a cada cinco brasileiros (61%) não estejam confiantes de que seus dados pessoais estão seguros.
Gerenciadores de senhas são ferramentas úteis para gerar senhas fortes e únicas para todas as suas contas e mudá-las facilmente com regularidade. Atualmente, apenas 3% dos brasileiros entrevistados usam um gerenciador de senhas para proteger suas contas.
Decision Report
18 de agosto de 2017