Há 30 anos, quando a empresa gaúcha Rede&Imagem iniciou a sua operação, falar em documento digital era algo inusitado. A grande tecnologia na época era os scanners, que transformavam o físico no digital. E só.
“Começamos em uma época das trevas”, brinca Vitus Klarmann, fundador da empresa e atual diretor executivo da operação. Ele foi um dos responsáveis, aliás, por ajudar grandes companhias a estruturarem seus sistemas de rede na época.
Hoje, a empresa surfa em um mercado global que movimenta mais de R$ 1,5 bilhão, o chamado Gestão Eletrônica de Documentos (GED). Um segmento que foi acelerado, e muito, com a pandemia da Covid-19. “Se antes eram de 20% a 30% que chegavam como documento digital, hoje isso representa de 90% a 95%. São informações que entram de todas as formas, como via WhatsApp e e-mail”, comenta Marcelo Klarmann, sócio da operação.
E se no passado a empresa lançava mão do scanner para ajudar na gestão dos documentos, hoje em dia são os robôs que indexam, fazem o upload e o gerenciamento, todos parte do Liquid, a principal ferramenta da Rede&Imagem. A solução apoia as empresas garantindo um fluxo automatizado de informação e permitindo agilidade pra tomada de decisão, controle e rastreabilidade de acesso aos seus documentos e informações criptografadas.
“As tecnologias evoluíram exponencialmente nos últimos 30 e poucos anos e, junto com elas, também evoluiu o nosso jeito de enxergar as coisas. O que não mudou nesse tempo todo foi a nossa proposta de valor que é de, através da nossa tecnologia, fazer com que as empresas tenham um dia-a-dia mais simples, mais ágil e com mais segurança no acesso à informação”, ressalta Vitus.
A empresa quer, cada vez mais, respirar inovação. Por isso, entrou recentemente como membership do Instituto Caldeira, e aguarda até conseguir uma sala fixa. “A gente estava namorando há bastante tempo o Caldeira, não só pelas razões óbvias de estar mais perto de tudo que envolve o ecossistema, como também pela cultura do home office”, relembra Marcelo.
Antes da pandemia, a empresa mantinha uma sede física no bairro Petrópolis que depois, com a consolidação do modelo híbrido de trabalho, passou a não fazer mais sentido. “Todo mundo ficou mais produtivo trabalhando de casa. Isso foi o que nos convenceu a fazer essa mudança”, acrescenta.
A empresa atende hoje desde clientes de pequeno porte até players que possuem um grande volume de informações, como é o caso do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que processa na casa de milhões de documentos. É um case de como a tecnologia impacta positivamente, de forma muito direta, o usuário final. “Eles conseguiram fazer com que o tempo de aprovação de pagamentos passasse de cinco dias para dez minutos”, relata Marcelo.
Dentro de um movimento de evolução da Rede&Imagem, um dos pontos estratégicos é a migração de tudo do desktop para a nuvem. É um processo complexo, já que alguns clientes ainda resistem, mas os novos usuários já entram com tudo na nuvem. A empresa usa os serviços da AWS, da Amazon, para a hospedagem.
Alan Llantada, que também é sócio da operação, chama atenção para outro aspecto importante: a adequação à Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD). “Hoje em dia, muita coisa já nasce digital. Então, um dos maiores benefícios de uma solução como o Liquid é permitir a rastreabilidade de tudo que é acesso, uma das exigências da lei”, observa.
- Fonte: Jornal do Comércio
- Imagem: PEXELS.com
- 17 de agosto de 2022