Estudo da PwC aponta que número recorde é puxado pela indústria de software e internet, que cresceu 16,1% em 2017.
Os investimentos globais em pesquisa e desenvolvimento cresceram 3,2% em 2017, atingindo US$701,6 bilhões e superando, pela primeira, vez a marca de US$ 700 bilhões. Em 2016, foram investidos US$ 680 bilhões. A indústria de software e internet puxou o aumento, com crescimento de 16,1% em P&D, seguido pela indústria de saúde com 5,9% de acréscimo. Até 2018, este segmento deve liderar os investimentos em em inovação n.
É o que mostra a 13ª edição do Globo Innovation 1000, estudo realizado pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC.
Quatro empresas brasileiras figuram no ranking de investimento em inovação da Strategy&: a Petrobrás com US$ 561 milhões, a Vale S.A. com US$ 337 milhões, a Embraer com US$ 212 milhões e a TOTVS com US$ 102 milhões. No mundo, a Amazon aparece como a empresa que mais investe em P&D. Na edição 2016, a companhia ocupou a terceira posição no ranking.
Em geral, os setores de computação e eletrônica, saúde e automotivo são os que mais investiram em P&D industrial, representando 61,3% dos recursos globais do setor em 2017.
O Global Innovation 1000 revela ainda que o investimento em pesquisa e desenvolvimento na China caiu 3,3%, após anos de crescimento acima dos dois dígitos. Em 2015, 80% dos investimentos realizados no país foram por empresas estrangeiras.
Em contrapartida, o Japão aumentou pela primeira vez em cinco anos os investimentos no setor, chegando a 5,9% de crescimento. Na América do Norte, o aumento segue moderado e, em 2017, chegou a US$ 308 bilhões.
Nacionalismo econômico
O estudo mostrou que o crescimento do nacionalismo econômico poderá impactar os esforços globais em P&D das empresas. De 562 executivos ouvidos pela pesquisa, 52% expressaram preocupações com o crescimento do discurso prol nacionalismo econômico e 23% afirmaram já ter experimentado pressões no exterior pela mudança da abordagem em relação à inovação.
Em 2015, 94% das grandes empresas possuíam áreas de pesquisa e desenvolvimento em diferentes países. No entanto, a crescente discussão sobre políticas de vistos, movimentos trabalhistas e regulação do conhecimento tecnológico estão levando ao questionamento da sustentabilidade de suas redes de inovação.
O estudo mostra ainda que 33% dos executivos já sentiram os efeitos das restrições nos vistos de trabalho em suas companhias, impactando na contratação e retenção de talentos em P&D, diminuindo a oferta de mão de obra no setor.
Fonte: Decisionreport
27 de outubro de 2017