A Lei Geral de Proteção de Dados obriga a todo o ecossistema de segurança da informação, entre outros, a rever procedimentos e reavaliar o uso e tratamento de dados. E esse processo, segundo defende o coordenador geral do Centro de Tratamento de Incidentes de Redes de Governo, major Democlydes Carvalho, vai tornar o tema de segurança da informação como uma prática muito mais ‘civilizada’.
“Sempre dou exemplo da política nacional de trânsito, em que já vivemos um momento que poderíamos chamar de bizarro em determinada época. Em relação à segurança digital também estamos passando por uma adaptação, para uma maior atenção com relação a esse tema”, aposta o coordenador do CTIR.gov. Carvalho participou do painel sobre a nova legislação durante o RNPSeg, evento que fez parte do Fórum RNP, realizado em Brasília.
“O tema é bastante desafiador. E na verdade é mais um foco com que estamos lidando. O incidente de vazamento de dados é cada vez mais usado para quem atua de forma ilícita. Como nós temos a função de coordenar, apoiar e também orientar outras equipes de tratamento de redes do governo, precisamos nos atualizar. Essa discussão nos traz uma avaliação do que aconteceu com ao GDPR europeia e a expectativa que a gente tem com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. É mais uma questão para a gente se preocupar”, diz ele.
“A questão de proteção de sistemas e de redes é bastante importante visando o apoio à própria sociedade. O departamento de segurança de informação está publicando sua estratégia nacional de segurança da informação com seus respectivos planos, entre eles o plano nacional de tratamento e resposta a incidentes cibernéticos. É resultado de um grupo de trabalho com vários atores e que ainda vai ser submetido à sociedade. É um trabalho que precisa ser feito”, complementa.
Fonte: Convergência Digital
30 de agosto de 2019