Um levantamento do LinkedIn revelou que mulheres no Brasil passaram a empreender mais que os homens durante a pandemia. A participação delas aumentou para 41%, em comparação com 22% para os homens em 2020.
Na análise do LinkedIn, o aumento de mulheres empreendedoras é entendido como consequência de uma série de desafios que elas enfrentam em suas vidas profissionais. Entre eles, está o fato de que a pandemia fez com que muitas assumissem a dupla responsabilidade de trabalhar e cuidar de casa e/ou família, forçando-as a buscar mais flexibilidade do que a oferecida por seus empregadores.
No entanto, a porcentagem inverte quando analisada a representatividade da liderança feminina e a possibilidade de promoções. Segundo o LinkedIn, no Brasil, a representação da liderança feminina é de apenas 27%. Além disso, a probabilidade de promoções internas à liderança para os homens foi 52% maior em relação às mulheres, em média, em 2021.
“Durante a pandemia, as mulheres tentaram assumir o controle de suas carreiras criando seus próprios negócios, porém, as empresas ainda precisam fazer muito mais para diminuir a diferença de gênero em termos de representação feminina em cargos de liderança e promoção de mulheres para posições de gestão para criar um mundo de trabalho mais equitativo e inclusivo”, ressalta Ana Claudia Plihal, Executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn no Brasil.
O estudo também mostra que as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança globalmente, ocupando menos de um terço desses espaços na maioria dos países.
De acordo com o LinkedIn, a sub-representação começa no nível gerencial, criando um fluxo estreito de talentos que diminui de acordo com a senioridade das posições. Enquanto as mulheres ocupam quase (46%) dos cargos de nível básico no Brasil, elas ocupam pouco menos de um terço (35%) dos cargos de gestão e menos de um quarto (23%) dos cargos de liderança sênior (C-level).
- Fonte: ITForum.com.br
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- 21 de julho de 2022