Custo de dado roubado ou perdido no Brasil fica, em média, R$ 268

O custo médio de um dado perdido ou roubado no Brasil é estimado em US$ 67, ou R$ 268 em 2018. No mundo, esse custo subiu de US$ 141 para US$ 148, ou R$ 590, com o dólar atual, revela o eestudo Cost of a Data Breach 2018, do insituto Ponemon, patrocinado pela IBM.

Esse número caiu 3,73% em relação a 2017. Globalmente, o custo total médio de violação de dados subiu de US$ 3,62 para US$ 3,86 milhões, um aumento de 6,4%. No Brasil, houve redução de 7% em relação ao ano passado.

O levantamento da IBM aponta ainda que, aqui, a causa raiz de 46% das violações de dados foram ataques maliciosos ou criminosos. O estudo destaca ainda que o tempo médio para identificar a violação de dados diminuiu de 250 para 240 dias nos últimos 12 meses.

O relatório informa ainda que o Brasil tem o menor custo per capita de todos os países pesquisados, mas é o mais provável a enfrentar uma violação de dados – 43% contra 27% da média global.

Com base em entrevistas detalhadas com quase 500 empresas que sofreram uma violação de dados, o estudo analisa centenas de fatores de custos relacionados a uma violação, desde investigações técnicas e recuperação até notificações, atividades legais e regulatórias, custo de perda de negócios e reputação.

Este ano, pela primeira vez, o estudo também calculou os custos associados a “mega violações” que variam de 1 milhão a 50 milhões de registros perdidos, projetando que essas violações custam às empresas entre US$ 40 milhões e US$ 350 milhões, respectivamente.

“Embora as violações de dados divulgadas frequentemente relatem perdas de milhões, esses números são altamente variáveis e o prejuízo vai além do financeiro. A verdade é que há muitas despesas ocultas que devem ser consideradas, como danos à reputação, rotatividade de clientes e custos operacionais.

Saber onde estão os custos e como reduzi-los pode ajudar as empresas a investir seus recursos de maneira mais estratégica e reduzir os enormes riscos financeiros em jogo”, comenta o Diretor de Segurança da Informação da IBM Brasil, João Rocha.

O relatório aponta ainda que ter uma equipe de resposta a incidentes foi o principal fator de economia de custos, reduzindo o custo em US$ 14 por registro comprometido. Pela primeira vez, o relatório examinou o efeito de ferramentas de automação de segurança que usam inteligência artificial, aprendizado de máquina, análise e orquestração para aumentar ou substituir a intervenção humana na identificação e contenção de uma violação.

A análise constatou que as organizações que implantaram extensivamente tecnologias de segurança automatizadas economizaram mais de US$ 1,5 milhão no custo total de uma violação (US$ 2,88 milhões, em comparação com US$ 4,43 milhões para aqueles que não implantaram a automação de segurança).

Fonte: Convergência Digital

13 de julho de 2018