A maturidade de aplicações blockchain no restante do mundo não está nada diferente quando em comparação com o cenário brasileiro. Essa foi uma das principais conclusões a que cheguei depois de participar recentemente do Hyperledger Forum em Basel, na Suíça.
A tecnologia blockchain tem diversas aplicações em estudo no Brasil. Existem empresas em Porto Alegre (RS), por exemplo, que estão desenvolvendo um aplicativo voltado para a identificação de pessoas que pretende substituir os documentos em seus formatos tradicionais buscando utilizar a tecnologia para facilitar o dia a dia das pessoas.
Em 2018, o Gartner considerou que blockchain é uma tendência nas tecnologias e que será tal como os protocolos https e http, ou seja, um padrão de utilização de informações que poderá ser utilizado sempre que o responsável considerar necessário.
É importante analisar o conceito das blockchains para perceber quais as características da tecnologia tornam ela o alvo dos grandes players de tecnologia. A segurança proporcionada é baseada na descentralização, criptografia e na imutabilidade dos dados inseridos na blockchain. A descentralização dos dados, alinhada com a criptografia, auxilia evitando a ação de hackers, já a imutabilidade permite a qualquer usuário que tenha as permissões necessárias verificar as transações da blockchain e encontrar os usuários que fizeram os primeiros registros relacionados àquela informação.
Independentemente da aplicação utilizada da tecnologia, as blockchains já são tendências de mercado e já estão sendo vistas pelo mundo como o próximo passo tecnológico. Alguns especialistas inclusive pontuam a transformação que a blockchain pode causar no mercado como a maior revolução tecnológica desde o advento da internet. Empresas que olham para as blockchains buscam criar não só possibilidades de uso, mas também na adesão de softwares que utilizam a tecnologia como base na sua construção.
Fonte: Computerworld – Aline Deparis – CEO da Maven
11 de janeiro de 2019