A tecnologia descentralizada se mostra cada vez mais segura, partindo do uso em criptoativos para outras áreas
Se antes eram vistas como motivo de preocupação, as transações financeiras digitais estão cada vez mais seguras. Tecnologias avançadas de criptografia mantém sigilo e bloqueio de informações, diminuindo o risco de fraude. De acordo com a empresa especializada em análise de dados envolvendo a rede Blockchain, CipherTrace, apenas 0,34% das transações com criptoativos foram resultado de ação criminosa, no ano passado. É menos de 1% de movimentações suspeitas registradas em grandes bancos mundiais, de acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.
A tecnologia usada na elaboração do Blockchain vem sendo analisada para uso em outras atividades virtuais que necessitem grande segurança de dados. Utilizada pela primeira vez em 2008, o Blockchain visava a proteção de transações na rede de Bitcoin. A tradução do nome, “cadeia de blocos”, dá uma ideia de sua funcionalidade: blocos de informações são criptografadas e inseridas no bloco anterior, formando uma cadeia de ligações que não podem ser alteradas depois de processadas.
Assim, a segurança é aumentada, uma vez que não se pode modificar dados publicados na rede. “O primeiro bloco, chamado Gênesis, é preenchido com as informações (os tokens), e depois é distribuído com cópia para outros blocos. Cada novo dado é agregado a um novo bloco e ligado, primeiramente ao Gênesis, e seguindo uma sequência de blocos. Os dados ficam, então, descentralizados e interligados”, explica Francisley Valdevino da Silva, CEO da Intergalaxy SA (www.intergalaxy.io), empresa especializada em tecnologia e comunicação que desenvolve softwares, interfaces e aplicativos através da rede Blockchain.
Uso em outras áreas
Alguns comparam o blockchain a um “livro-razão”, que não pode ser modificado, tornando-se muito confiável. Em 2015, o jornal inglês The Economist lançou um artigo no qual discorre sobre a confiabilidade do sistema em blockchain para contratos inteligentes. “É a falta de brechas de segurança que atrai a atenção de outros ramos para o formato. Diversas fintechs já utilizam blockchain, e a plataforma também vem sendo analisada para uso em validações de usuários, registros acadêmicos e execução de pagamentos em empresas, entre outros”, detalha Silva.
Com uma função ampla, o sistema pode ser aplicado em controle transparente e seguro de armazenagem de dados, seja para transferências, acessos, contratos, logins, seguradoras e startups, atendendo uma infinidade de diferentes necessidades. “Ao permitir acompanhar e visualizar dados sem conseguir modificá-los, o blockchain alinha atributos fundamentais como credibilidade, transparência, rapidez e segurança para transações digitais”, completa o especialista.
- Fonte: www.segs.com.br
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- 14 de setembro de 2021