A diretoria de tecnologia do Banco Central vem estudando o blockchain para entender e experimentar diferentes plataformas. Boa parte dos estudos está subsidiando o grupo que analisa a futura regulamentação da matéria conforme explicou Aristides Cavalcante, chefe do departamento de tecnologia do BC.
Ele conta que, no final de 2015, foi criado um grupo de trabalho para conduzir uma prova de conceito com três plataformas entre as quais a Ethereum. A ideia era testar, num prazo de 60 dias, um Sistema Alternativo de Liquidação de Transações (SALT) e um sistema de contingência ao Sistema de Transferência de Reserva (STR), caso os dois sites do banco estivessem fora do ar. Para isso o BC usaria o sistema alternativo que funcionaria entre as diversas representações regionais do banco, de forma que os nós pudessem suportar o sistema financeiro mesmo que apenas um nó estivesse no ar.
“A ideia da prova de conceito era testar a garantia de saldo, a privacidade e a realização da transação independente do BC. O resultado é que os três quesitos em conjunto não foram alcançados. Como a tecnologia evoluiu, no segundo semestre do ano passado refizemos o teste com as plataformas Hyperledger, Quorum e Corda. Mais uma vez os três quesitos não foram atingidos simultaneamente. Mas entendemos que o blockchain está em maturação, tem vários bugs, o suporte técnico é difícil. Apesar disso, a tecnologia tem muito potencial”, analisou Cavalcante, durante palestra no Rio Info 2017.
Fonte: Convergência Digital
26 de setembro de 2017