Até 2030, Brasil deve perder mais de US$ 400 bilhões de dólares por escassez de talentos

A ausência de profissionais qualificados, além de impactar o mercado de trabalho pelas inúmeras vagas que não são preenchidas devido à falta de capacitação, pode afetar, também, a economia do País. De acordo com o levantamento realizado pela Korn Ferry, maior empresa global de recrutamento de executivos e consultoria organizacional, divulgada neste ano, até 2030 o déficit de mão de obra especializada, no Brasil, atingirá 5,7 milhões de colaboradores. A pesquisa apontou, ainda, que devido à escassez profissional, a receita que o país deixará de gerar pode chegar a US$ 493,84 bilhões de dólares.

Em contrapartida, os profissionais que estão entre os mais qualificados serão superestimados pelas organizações, pois o estudo apontou que 38% dos líderes das empresas acreditam que a escassez de talentos pode forçá-los a aumentar salários de forma insustentável. O levantamento prevê que, ainda em 2030, as empresas brasileiras serão sujeitas a pagar, em média, US$ 10.800 a mais por cada colaborador que é altamente especializado. O valor refere-se à quantia que a organização terá que investir, incluindo a inflação, para atrair e reter talentos que estarão escassos no mercado. Em geral, no país, o custo total para profissionais altamente especializados, em 2030, será de US$ 173,6 bi a mais. Já para o próximo ano, o levantamento prevê que as contas salariais deverão apresentar um aumento de US$ 65,54 bi.

Para se prevenir desta ausência de mão de obra qualificada, 84% dos líderes afirmaram que já têm uma previsão dos talentos que irão precisar para os próximos anos, enquanto 45% comentaram que já traçaram um modelo de suas necessidades futuras. Por este motivo, os líderes das organizações acreditam que, para os próximos anos, terão que promover ações com o objetivo de reter profissionais.

Globalmente, 51% dos líderes afirmaram que nunca lidaram com uma escassez de talentos tão expressiva, aponta o estudo. Em resumo, a pesquisa mostrou que, futuramente, haverá uma carência coletiva de conhecimento prático sobre métodos eficazes de lidar com uma crise nesta área. Para mudar esta realidade dentro das empresas, entre as soluções identificadas estão o treinamento das equipes, investimento no bem-estar do colaborador e, também, o pagamento de bônus salariais para atrair e reter profissionais qualificados.

Sobre a Pesquisa
O levantamento foi realizado com 1.550 líderes de negócios de organizações milionárias localizadas em 19 países. O estudo previu as consequências da escassez de talentos para três marcos: 2020, 2025 e 2030.

Entre os setores que foram analisados, estão:
• Serviços financeiros e comerciais: Incluindo serviços financeiros, seguros e imóveis;
• Tecnologia, mídia e telecomunicações (TMT): Incluindo TIC, publicação, radiodifusão e telecomunicações;
• Manufatura: incluindo industrial e consumidor produtos embalados e ciências da vida.
Foram considerados três diferentes níveis de habilidades, são elas:

1. Altamente qualificados
Profissionais que concluíram o ensino superior;

2. Qualificações médias
Profissionais que concluíram apenas o ensino médio;

3. Pouco qualificados
Profissionais que não concluíram o ensino médio.

A Korn Ferry é uma empresa global de consultoria organizacional que ajuda clientes a alinhar estratégia e talento, impulsionando um desempenho superior. Trabalham com as organizações desenhando as suas estruturas, funções e responsabilidades. As auxiliam a contratar as pessoas certas para colocar sua estratégia em ação. Além disso as orientam em como recompensar, desenvolver e motivar os seus colaboradores.

Mais de 8.000 colegas atendem clientes em mais de 50 países, através de cinco soluções essenciais:
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Presente nos Emirados Árabes, Europa, África, América do Norte, América Latina e Ásia, a Korn Ferry conta com mais de 100 escritórios ao redor do mundo, e desenvolve pesquisas exclusivas sobre liderança, comportamento empresarial, mercado de trabalho, recursos humanos e outros temas.

Fonte: InforChannel

09 de dezembro de 2019