Ainda sem a Lei Geral de Proteção de Dados, que determina comunicação ao mercado por vazamentos de dados, mas em cumprimento à Instrução CVM 358/2002, a Natura comunicou nesta terça-feira, 09/06, que a Avon – recém-incorporada à holding – sofreu um incidente cibernético em seu ambiente de Tecnologia da Informação. Em função disso, alguns sistemas foram interrompidos e houve a paralisação parcial das suas operações.
No informe ao mercado, a Natura diz que a Avon está avaliando a extensão desse incidente e trabalhando com diligência para mitigar seus efeitos, empreendendo todos os esforços para normalizar suas operações”. Nesta terça-feira, 09/06, a Honda também anunciou um ataque cibernético global, que paralisou também a operação da companhia no Brasil. A compra da Avon pela Natura por quase US$ 2 bilhões foi completada em janeiro desse ano e criou o quarto maior grupo de beleza do mundo.
No Brasil, por conta do isolamento social provocado pela Covid-19, mais de 90% dos bancos tiveram de adotar o formato de trabalho remoto e, desde então, passaram a enfrentar tentativas diárias de ciberataques, especialmente por malware. Dados do VMware Carbon Black indicam ainda que quase 27% de todos os ataques virtuais são direcionados aos bancos, instituições de saúde. Mas também há outros alvos.
Várias prefeituras já tiveram seus sistemas invadidos por ransomware no Brasil e no mundo em 2020. Em junho, um dos alvos foi a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Segundo informações a BandNews FM, pelo menos 13 unidades de saúde teriam tido seus computadores bloqueados pela invasão e que teria havido uma cobrança, em bitcoins, para a recuperação dos dados roubados. Mas não houve informação oficial por parte da prefeitura do Rio de Janeiro.
Fonte: Convergência Digital
09 de junho de 2020