Com valorização extremamente em alta nos últimos meses de 2017, moeda virtual vem levantando diversos questionamentos.
Em eras mais antigas, a função da moeda era exercida por mercadorias ou animais, trocados entre si em uma prática que recebeu o nome de escambo. Com o tempo, esse tipo de negócio foi substituído por cédulas de papel, talões de cheque e cartões de crédito. Agora, na era digital, estamos testemunhando o surgimento das criptomoedas.
A valorização das moedas digitais, em especial o Bitcoin, foi bem rápida, e tornou-se um dos assuntos mais comentados deste final de 2017. Neste ano, o valor do ativo cresceu 1.500% entre janeiro e novembro, chegando a ultrapassar US$ 18 mil e R$ 60 mil, intensificando as discussões sobre o estouro (ou não) dessa bolha.
Não surpreende, portanto, que o Bitcoin tenha ganhado força nos principais veículos de comunicação, com notícias sobre investimento e tecnologia Blockchain, sistema de registros responsável por garantir a segurança das operações realizadas pelas moedas digitais.
As conversas sobre criptomoedas em 2017 não se restringiram aos temas “valorização” e “riscos”, abordando também as diferentes formas de pagamento que possibilitam. Atualmente, as transações com esse tipo de ativo podem ser feitas por internet, celular e máquinas específicas para moedas virtuais, estas já disponíveis em estabelecimentos no Brasil.
Por tudo isso, o começo de 2018 será crucial para saber o futuro do Bitcoin e demais criptomoedas, como Ethereum e Litecoin. Acho que vale investir desde que se “coloque” pouco dinheiro e se tenha em mente que, a qualquer momento, há o risco de perder esse investimento, já que é um ativo ainda muito volátil.
Outro ponto importante é o papel dos fundos tradicionais e das bolsas começando a operar o Bitcoin – estreou em alta no mercado futuro da Bolsa de Chicago (CME). Acredito que, em 2018, outras bolsas e corretoras tradicionais também começarão a operar a moeda, aumentando sua popularidade e o número de investidores.
A corrida pelo ouro digital, mesmo com um futuro incerto, ainda não terminou. O Bitcoin terá sim o seu espaço para transações financeiras e será mais uma alternativa ao dinheiro de papel, consolidando-se como maneira rápida e segura de fazer pagamentos e investimentos. Em um futuro próximo, a maneira como nossos filhos irão lidar com o dinheiro será totalmente diferente do que nós aprendemos.
Fonte: Daniel Coquieri
19 de dezembro de 2017