Lançado em 2009, o qual deu início a literalmente milhares de outros projetos desde então, o Bitcoin se consolidou como a maior das criptomoedas. Ao longo dos últimos anos, o conjunto de tecnicalidades que constitui o Bitcoin como tecnologia, fazendo-o funcionar como um protocolo radicalmente inovador, passou a chamar a atenção em variados mercados.
De grandes players corporativos do mercado de tecnologia, como a Microsoft e a IBM, a agentes públicos como os governos dos Emirados Árabes, Cingapura e Estônia, a usabilidade da blockchain, mecanismo por trás do funcionamento do Bitcoin, mudou a forma como entendemos o que é confiança. O próprio Satoshi Nakamoto talvez tivesse ambições mais modestas para essa que é hoje aclamada como a maior transformação tecnológica em curso.
Em resumo, tendo em mente os impactos que tem gerado, a blockchain pode ser sintetizada como uma nova forma de se estabelecer confiança nas finanças e nos negócios, a partir do que soma em segurança e transparência a inúmeros processos.
Um importante indício dessa ascensão são as altas históricas na adoção da tecnologia e na cotação do bitcoin, conforme testemunhadas pelo mercado nos últimos meses. A cada dia, a relevância da cotação do bitcoin se torna ainda maior.
Assim como o próprio protocolo, o mercado que atribui um valor a ele é livre e descentralizado, indicando que a confiança e a reputação crescentes depositadas na tecnologia são fruto de um processo cada vez mais amplo e veloz. Há cada vez mais skin in the game envolvido nesse mercado, até mesmo de grandes investidores institucionais. Logo, conhecê-lo e oferecer soluções são atividades imprescindíveis para qualquer grande empresa.
Guardadas as proporções, é até mesmo possível que ela possa contribuir com seu negócio de forma semelhante ao que fez com os investidores que já vêm desfrutando dos benefícios que o Bitcoin tem a oferecer enquanto ouro digital, especialmente nos últimos anos. Muitos dos que estudaram o Bitcoin nos primeiros anos vieram a investir ao menos uma parte de suas economias na moeda digital, por conta da tecnologia transformadora que ela representa no campo dos pagamentos.
Se olharem para trás, alguns podem pensar que se trata apenas de uma onda passageira. Entretanto, é possível apontar fundamentos para apontar que o Bitcoin seja a ponta do iceberg. Como na internet em 1990, com a qual o que de maior se podia fazer era enviar e receber e-mails, o Bitcoin e outras criptomoedas enquanto soluções financeiras extraordinárias talvez estejam hoje na infância do que a blockchain terá nos permitido criar em 10 anos.
E não custa lembrar: ser pioneiro na inovação costuma trazer recompensas, como quem conheceu o Bitcoin em sua infância não cansa de nos lembrar.
Fonte: Gabriel Aleixo, co-fundador da A Star.
27 de novembro de 2017