Os brasileiros (87%) enxergam o crescente impacto da tecnologia no trabalho como oportunidade. É o que revela a pesquisa Randstad WorkMonitor, realizada pela Randstad, empresa global de RH.
O levantamento analisou o sentimento dos profissionais de 33 países em relação à influência da tecnologia em sua rotina de trabalho. De acordo com o relatório, 67% entendem que a automação, robótica e inteligência artificial terão efeito positivo em seus trabalhos nos próximos 5 ou 10 anos.
Porém, quando o assunto é se adaptar a esse novo integrante moderno, 54% entende que a digitalização requer capacitações diferentes do que as que possuem atualmente. Com o objetivo de seguirem atrativos para o mercado de trabalho, 89% dos brasileiros apontam que querem adquirir novas habilidades tecnológicas e 51% afirmam que se sentem pressionados a tal para não ficarem ultrapassados.
Para Winston Kim, gerente regional da Randstad, as habilidades encontradas no mercado são superficiais. “Hoje, vemos uma movimentação geral das empresas tentando encontrar seus caminhos tecnológicos e, naturalmente, os profissionais tentando acompanhar o ritmo. Com tudo muito novo, ainda vamos ver aprofundamentos nas especializações. Quem sair na frente, vai chamar a atenção das empresas”, aponta.
Como chegar lá?
O caminho para se desenvolver, contudo, ainda é incerto. Para 69% dos brasileiros, é responsabilidade do empregador oferecer treinamento para novas tecnologias, porcentagem abaixo da média global, que marcou 76%. Apenas 55%, no entanto, afirmam que suas empresas estão investindo na qualificação do time para as novas tecnologias emergentes, como inteligência artificial e machine learning.
“Esses cursos oferecidos pelas empresas são de curta duração e com objetivos específicos para solucionar um problema do negócio. Não vemos no Brasil, ainda, empregadores oferecendo formações sólidas para as equipes”, explica Kim.
O jeito, portanto, é procurar treinamentos por conta própria. O relatório aponta que essa é a solução para 78% dos brasileiros, uma vez que seus empregadores não fornecem as capacitações. “O Brasil gosta de tecnologia e está aberto a mudanças. Cursos online gratuitos têm sido um bom caminho para esse começo. Essa porcentagem do Brasil é quase 20 pontos acima da média global (59%), mostrando que os brasileiros não estão dispostos a esperar a banda passar para correr atrás do prejuízo”, finaliza o executivo.
Fonte: Computerworld
20 de março de 2019