Fortalecer a economia do Rio Grande do Sul nos próximos anos a partir da inovação é o ponto de partida do trabalho que começa a ser feito pela nova gestão da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT).
Ontem, o secretário da SICT, Luis Lamb, apresentou o mapa que demonstra visualmente, e de forma inovadora para esse tipo de documento, o diagnóstico e a metodologia de trabalho do governo para que seja feita a evolução da matriz econômica gaúcha. “O mapa de desenvolvimento aponta o que iremos fazer, mas ele é apenas o começo, pois estará em permanente construção, assim como o conhecimento é algo que está sempre em evolução”, destaca.
Fica claro ali, por exemplo, quais são os ativos fortes do Rio Grande do Sul, como a capacidade instalada das universidades, os parques tecnológicos e as empresas inovadoras, bem como os setores econômicos de maior relevância, como agronegócios, saúde, fintech e metalmecânico. Esses setores, segundo Lamb, já são bastante representativos e precisam ser transformados para agregar ainda mais riqueza. “Hoje em dia, temos a economia tradicional muito maior que a baseada na alta tecnologia no Rio Grande do Sul, e a ideia é que, nos próximos 10 anos, possamos fazer com que a participação da alta tecnologia seja cada vez mais significativa”, aponta.
A ideia também é buscar inspirações em países que estão avançados nesse tema, como a Estônia, que receberá uma delegação do governo gaúcho em março. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar dos 27 polos tecnológicos distribuídos pelo Estado, o modelo econômico gaúcho ainda é fundamentado na economia tradicional. “A evolução da matriz econômica passa pela compreensão da sociedade sobre o significado e a importância da inovação e do conhecimento, bases da economia do século XXI”, observa Lamb.
O caráter estratégico desse tema também está presente no nome da secretaria, que volta à ativa e, agora, traz a palavra Inovação na frente de Ciência e Tecnologia. A mudança foi feita no início do governo Eduardo Leite. A escolha de Lamb para titular da pasta, então pró-reitor de Pesquisa da Ufrgs, também foi muito celebrada pelo ecossistema de inovação gaúcho por ser vista como uma demonstração de que o setor voltará a ser encarado como estratégico.
Fonte: Jornal do Comércio
19 de fevereiro de 2019