O Brasil aparece na 44ª posição quando se trata de conectividade e preparo para a economia digital, à frente de outros países da América Latina como Argentina (55ª) e Colômbia (54ª), mas atrás do Chile, que ocupa o 33º lugar. Os dados são do Global Connectivity Index (GCI) 2018, estudo divulgado anualmente pela Huawei.
Na liderança estão os Estados Unidos, seguidos por Cingapura, Suécia, Suiça e Reino Unido.
O ranking aponta que o Brasil tem melhorado constantemente nos últimos dois anos em termos de adoção do 4G, além de investir cada vez mais em tecnologias como big data e computação na nuvem. Em uma análise sobre as oportunidades de investimento do País, o estudo cita a falta de infraestrutura nacional para telecomunicações como o principal desafio para o desenvolvimento tecnológico do Brasil.
O GCI aponta também o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) como uma iniciativa que pode ajudar em sua ampliação e a tornar o País mais conectado. A edição desse ano analisou 79 países e o Brasil foi classificado pelo estudo como uma nação ‘adopter’ de novas tecnologias, o que indica que o País faz parte do grupo de nações com maior potencial de crescimento econômico por meio de investimentos em infraestrutura de telecomunicações.
De acordo com o estudo, o foco deste grupo, que ainda inclui países como China e Portugal, deve ser o investimento em infraestrutura para a nuvem e o aumento de velocidade e cobertura para conectividade de alta velocidade, além da digitalização de indústrias e governo. O estudo ainda indica que os ‘adopters’ devem aumentar seus investimentos em tecnologia em cerca de 10% ao ano para que possam ter um retorno ideal.
Inteligência artificial
Um dos destaques da edição desse ano do GCI foi o crescimento da inteligência artificial. O estudo aponta que a tecnologia tem o potencial de transformar modelos econômicos e atividades industriais, além de ter potencial para gerar novos modelos de negócios, produtos e serviços. No entanto, o maior desafio enfrentado por todos os países analisados, incluindo o Brasil, é a falta de profissionais qualificados e capazes de desenvolverem novas aplicações e criarem novos ecossistemas.
O estudo recomenda que os países mais carentes de talentos na área de inteligência artificial, além de investirem em infraestrutura para que o funcionamento de suas soluções, repensem seus modelos de ensino para preparar a próxima geração de trabalhadores para um mercado de trabalho dependente de tecnologias como automação e robótica.
Fonte: Computerworld
03 de julho de 2018