À medida em que o universo da transformação digital expande, o processo de digitalização também provoca a necessidade de uma mudança rápida naquele que é o facilitador de tecnologia, ou seja, o CIO.
Se, há alguns anos, tudo era social, móvel, analítico e na nuvem, hoje, essas tecnologias, embora ainda sejam importantes, se tornaram comuns em estratégias digitais, impulsionando a adoção de soluções mais robustas, como big data, IoT, blockchain e Inteligência Artificial, que proporcionam a diferenciação necessária em um oceano de concorrentes e disruptores.
Neste cenário, a mudança no papel do CIO tem como objetivo dar condições à empresa de se tornar um ator disruptivo em vez de sofrer os efeitos de uma ruptura. Isso porque eles sabem que a tecnologia é um alvo mutável.
A criação de aplicativos, por exemplo, envolve muitas linguagens de programação e estruturas de desenvolvimento diferentes, sendo que cada uma delas evolui de forma independente e leva a possíveis problemas de compatibilidade.
Além disso, a estrutura escolhida hoje pode não mais ser usada no futuro. Sabemos que a criação de aplicativos não é uma tarefa fácil e que o atraso de seus desenvolvimentos significa que empresas esperam por soluções e que clientes não desfrutam de uma boa experiência.
Ademais, os executivos compartilham a necessidade de continuar com atividades que consomem muito do seu orçamento e, consequentemente, direcionando menos recursos para inovar ou encontrar soluções que lhes permitam tornar-se atores disruptivos. Em situações como essas, como um CIO pode aproveitar a disrupção antes de sofrer suas consequências?
O papel desses executivos-chefes não se reduz apenas a manter a tecnologia funcionando, mas também é o de agente para decifrar as ferramentas emergentes e identificar quais os projetos de inovação servirão para avançar a transformação dos negócios.
Um CIO é um verdadeiro tecnólogo, que não apenas sabe quais tecnologias podem ser usadas para atacar a posição de uma empresa, mas que também deve desempenhar um papel de liderança para identificar como a empresa pode usar a tecnologia para impulsionar a disrupção ou alterar as regras de jogo em sua vantagem.
Para não perder recursos valiosos ao longo do caminho, o CIO deve equilibrar a condução da mudança da empresa na velocidade correta, definindo o curso e explicando claramente por que a mudança é necessária e o que isso significará para a organização.
O último passo é decidir quais são as ferramentas apropriadas para gerenciar a transformação digital. Isso é conquistado por meio da automatização de tudo o que é automatizável, para que as pessoas tenham a liberdade de trabalhar de forma rápida, fácil e disruptiva, e dando chances às empresas de melhorar seus resultados.
Fonte: Jornal do Comércio
11 de junho de 2018