Uma pesquisa da BSA, entidade que representa grandes desenvolvedores de software, realizada em 110 países indica que ainda é disseminado pelo mundo o uso de programas de computador não licenciados, eufemismo para cópias piratas. A média é de 37%, mas muito influenciada pelas nações mais ricas da Europa e da América do Norte, onde os percentuais não chegam a 30%.
No Brasil, segundo esse estudo, 46% dos software que rodam em PCs não são licenciados. Embora ainda acima da média mundial, é o menor percentual da América Latina, onde a média é 52%. E também revela um recuo progressivo no uso de programas ‘piratas’, visto que o índice no Brasil era de 53% em 2011.
Ainda assim, a BSA lembra que se trata de um percentual alto para a maior economia da região e que o Brasil acaba concentrando um valor total de US$ 1,7 bilhão em programas não licenciados – mais do que o dobro do México, que aparece em segundo (US$ 760 milhões) e tem 49% dos programas nessa condição.
“As organizações enfrentam uma chance em três de encontrar malware quando obtêm ou instalam um pacote de software não licenciado ou compram um computador com software não licenciado. Cada ataque de malware pode custar à empresa US$ 2,4 milhões, em média, e pode levar até 50 dias para ser resolvido”, diz o estudo da BSA, feito em conjunto com a consultoria IDC.
De 2015 a 2017, a taxa mundial de softwares não licenciados caiu 2 pontos percentuais, de 39% para 37%, e o valor comercial de software não licenciados caiu 8% em moeda constante, para US$ 46,3 bilhões globalmente. Ainda assim, indica que “a maioria dos países da pesquisa ainda tem taxas de software não licenciados de 50% ou mais”.
Em contrapartida, o custo para lidar com malware associados a software não licenciados está crescendo, ultrapassando os US$ 10 mil por computador infectado para a empresa, e custar às empresas em todo o mundo quase US$ 359 bilhões por ano.
Fonte: Convergência Digital
05 de junho de 2018