Tudo o que é postado nas redes sociais pode ser analisado como algo positivo ou negativo – extraoficialmente – por parte das empresas e, é melhor que o candidato à uma vaga de emprego tome certos cuidados com o que se posta nas redes! Mas vamos com calma! Antes de mais nada é importante deixar bem claro que os recrutadores e gestores de recursos humanos não analisam postagens e Likes do Face para a contratação.
Quem pode atrapalhar é a opinião final de outra pessoa: o gestor da empresa contratante!
É por isso que a Master Coach, Bianca Caselato, alerta que uma imagem postada em uma rede social pode ser encarada como um indicativo de comportamento na vida real dependendo de quem está olhando a imagem:
“A pessoa que está procurando uma recolocação ou mesmo uma oportunidade de mudar de carreira pode ser aprovada após um processo de contratação, mas se depois de tudo o dono da empresa ou o gestor da vaga der uma olhada nas redes sociais e encontrar várias fotos consideradas constrangedoras, este responsável pela contratação pode ficar com um pé atrás e até mesmo cancelar a contratação.”
O estilo de comentários também possui o mesmo efeito, ainda mais com temas polêmicos e em um momento de polarização em diversas áreas da sociedade.
Pensando na questão política, por exemplo, Caselato explica que o dono da empresa pode ser de esquerda e o candidato de direita e, dependendo de certos comentários ou postagens, a efetivação da vaga pode se complicar.
Até onde é possível ir?
Não existe um “limite seguro” nestes casos, mas Bianca Caselato orienta que o melhor a se fazer é se resguardar e não se expor tanto. Há também o outro lado, donos de empresas que buscam profissionais que gostem das mesmas coisas que ele:
“E daí que a pessoa gosta de beber cerveja? Pode ser que o dono da empresa também goste e está tudo bem . Ele pode contratar independente do que o candidato está publicando. Mesmo assim na maioria das vezes o ideal é evitar exageros nestas publicações. Tem empresários que interpretam um padrão de comportamento nestas redes sociais.”
Ser autêntico pesa muito
Caselato explica que a sinceridade da pessoa candidato também pesa. Se durante uma entrevista este candidato afirmar que não bebe, mas no Facebook a foto de perfil está lá esta pessoa com garrafas de cerveja, este é um caso de incoerência:
“Isso muda se durante a entrevista esta pessoa informar quando perguntado que bebe moderadamente. Neste caso ter no Facebook diversas fotos bebendo com amigos em um bar não tem problema algum. Vai muito do caráter da pessoa também em ser sincera. Claro que não se pode privar da vida pessoal por causa da vida profissional e já tem empresas que sabem separar muito bem esta questão.”
As vagas contratadas são para um bom profissional durante um horário determinado e muitas empresas já entenderam que ter uma foto mais à vontade no perfil não significa que a pessoa vá trabalhar desta maneira – afinal de contas, ninguém sai à noite usando roupa de trabalho: “A análise do comportamento profissional deve ser feito através do LinkedIn e não pelo Facebook, porém ainda encontramos situações em que algumas empresas insistem em olhar a rede de Zuckerberg para esta finalidade. “
Fonte: Contadores
22 de março de 2018