O Dia Nacional da Saúde, celebrado neste 5 de agosto, reforça a importância da educação sanitária e de um estilo de vida saudável, assim como também homenageia Oswaldo Cruz, nascido nessa data em 1872. Um dos maiores expoentes no combate às epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola no Brasil, ele foi o fundador do Instituto Oswaldo Cruz.
Assim como Oswaldo transformou a saúde em seu tempo, hoje vivemos outra revolução, impulsionada pelo rápido avanço da tecnologia. Essas inovações estão impactando positivamente tanto a saúde e qualidade de vida dos pacientes quanto a rotina dos profissionais do setor, mudando profundamente a prática médica.
As empresas de saúde desempenham um papel essencial nesse cenário, abrangendo desde o desenvolvimento da solução inovadora, a atenção direta ao paciente até a logística envolvida neste processo.
Desde a chegada da internet nos anos 1990, o setor de saúde tem passado por constantes transformações. A telemedicina, um dos legados mais significativos dos últimos anos, é apenas o início de uma revolução que está ocorrendo nos hospitais de ponta em todo o mundo, inclusive no Brasil. Essa revolução propõe uma interconectividade na jornada do paciente, desde a sua avaliação inicial, passando pela sua entrada no pronto-socorro até a alta hospitalar, e até mesmo em serviços de home care.
Ferramentas tecnológicas são capazes de interligar todos os equipamentos, inclusive a cama hospitalar, com dados atualizados sobre o quadro do paciente e sua evolução. Isso contribui para um acompanhamento mais preciso do caso, além de otimizar processos administrativos, aumentar a segurança dos procedimentos, tornar as abordagens e indicações medicamentosas mais assertivas, reduzir custos e melhorar os desfechos clínicos.
Exemplos disso são as bombas de infusão de medicamentos, equipadas com uma biblioteca de dados de referência que evita administrações incorretas, e as camas inteligentes, que alertam a central de enfermagem sobre qualquer movimentação, reduzindo o risco de quedas.
Softwares voltados à detecção precoce da deterioração clínica e ao gerenciamento de riscos elevam a segurança do paciente. Monitores inteligentes, prontuários eletrônicos com históricos detalhados, e outras inovações revolucionárias são cada vez mais comuns. O avanço no processamento computacional e no desenvolvimento da inteligência artificial está permitindo uma gestão de informações cada vez mais especializada em serviços de saúde.
A tecnologia auxilia os profissionais na tomada de decisões, gerando dados mais precisos e confiáveis que resultam em uma evolução na interpretação de informações clínicas. Isso significa melhor saúde para o paciente, redução do tempo de internação, otimização do tempo de uma equipe muitas vezes sobrecarregada, e outros benefícios.
Embora a expertise dos profissionais de saúde seja crucial para que a tecnologia trabalhe a seu favor, não há como dissociar a medicina moderna do uso desses recursos. Até as cirurgias robóticas mais avançadas, que lembram manobras de videogame, demandam a experiência e o conhecimento de cirurgiões qualificados e suas equipes.
No entanto, ainda que esses processos exijam um novo aprendizado prático, precisam ser encarados com otimismo. A tecnologia se torna uma parceira indispensável na rotina dos profissionais de saúde — médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros.
Desde os tempos de Oswaldo Cruz, a atenção ao paciente permanece e sempre será o foco primordial do cuidado. A tecnologia, ao contrário do que alguns ainda pensam, vem para proporcionar uma maior humanização do atendimento, eliminando processos burocráticos, oferecendo segurança nos procedimentos e garantindo um atendimento mais completo e, dessa forma, trazendo benefícios para toda a cadeia envolvida na saúde.
- Fonte: www.jota.info – Texto: Fernanda Pimentel
- Imagem: Freepik
- 05 de agosto de 2024.