A Processor, sediada em Porto Alegre e uma das maiores parceiras da Microsoft no país, colocou em evidência um novo posicionamento, pelo qual se define como uma companhia de nuvem e terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês).
Hoje, um terço do faturamento da Processor é oriundo de contratos de BPO fechados com áreas de negócio como marketing, RH, comercial e finanças dos clientes.
Dois terços vem das áreas de TI, o cliente tradicional da empresa. Para os próximos quatro anos, a ideia é inverter essa proporção.
“Vamos seguir crescendo com os contratos de tecnologia, ao mesmo tempo em que exploramos uma grande nova oportunidade”, explica César Leite, presidente da Processor. “A ideia é fazer essa mudança em sintonia com as áreas de TI dos clientes, ajudando um posicionamento que é importante para eles também”, agrega Leite.
O objetivo da Processor é oferecer a tecnologia e a gestão de serviços conjuntamente. Em um cliente do ramo de varejo, por exemplo, isso poderia envolver por exemplo soluções de relacionamento com cliente, chatbots, Internet das Coisas rodando a partir da nuvem, combinadas com a gestão dos processos associados a nível de execução.
“As empresas estão repensando seus modelos de negócio, pressionadas para seguirem competitivas. Cada vez mais elas vão querer se focar nos seus negócios e terceirizar o resto”, explica Leite, destacando que não é a primeira vez que a Processor passa por uma transformação significativa.
O empresário lembra que, em 2003, 70% do faturamento da companhia vinha da venda de hardware. Na época, Leite avaliou que a comoditização desse tipo de oferta era uma ameaça para Processor e tomou a decisão de sair do mercado.
“Nós nunca tivemos medo de nos transformar”, aponta Leite, listando uma série de áreas que a companhia já atuou ao longo da sua trajetória. “O que nós sempre tivemos em mente é focar em produtividade e resultados para o cliente”, agrega o empresário.
Para Leite, a vontade de estar a frente das mudanças e não ser arrastado por elas é o que garantiu a longevidade da empresa, que acaba de completar 30 anos.
Em 1988, quando a Processor foi fundada, a reserva de mercado estava em seus últimos estertores, e a empresa fazia sistemas para administração e processamento de dados.
No começo dos anos 90, a abertura abriu novas possibilidades para o negócio, que colocou as fichas no mundo Microsoft.
Fonte: Baguete
05 de fevereiro de 2018