Ao contrário do que muitos acreditam, o mercado de desenvolvimento mobile não é dominado pelos mais jovens. A Quaddro Treinamentos – centro de ensino mobile – realizou uma pesquisa inédita em novembro deste ano com 169 desenvolvedores de apps para descobrir mais sobre o perfil desses profissionais e as empresas onde trabalham.
Uma das descobertas foi que 43% dos desenvolvedores têm mais de 31 anos, o que contradiz o mito de que esse é um mercado exclusivo para os mais jovens.
O perfil médio do profissional da área é: homem, idade entre 31 e 40 anos, trabalha no estado de São Paulo, já trabalhava com programação antes de entrar no mercado mobile e está na área há menos de um ano.
Não possui um negócio próprio, mas pretende abrir um nos próximos anos. É o único profissional de desenvolvimento mobile na empresa onde atua, tem salário fixo de mais de R$ 8 mil por mês e sua linguagem de programação preferida é Swift.
Perfil do profissional
A esmagadora maioria dos entrevistados é do sexo masculino (92%), sendo que 33% têm idade entre 31 e 40 anos, 30% estão na faixa entre 18 e 24 anos, 28% têm de 25 a 30, 8% têm entre 41 e 50 anos e os outros 2%, mais de 51 anos.
Destes profissionais, 72% trabalham no estado de São Paulo, 7% no Paraná e a mesma porcentagem, no Rio de Janeiro. “Já era esperada uma maioria nas regiões Sul e Sudeste por essas regiões concentrarem uma grande quantidade de empresas de tecnologia”, explica Roberto Rodrigues, CEO da Quaddro Treinamentos.
A maioria (57%) já trabalhava com programação antes de partir para a área mobile. “Ter uma porcentagem de 43% de pessoas que atuavam em diferentes profissões entrando para o mundo mobile prova como esse é um mercado rico, capaz de comportar rapidamente profissionais que desejam uma virada na carreira”, comenta Rodrigues. Quando perguntados qual a sua área profissional de origem, 15% vêm da Engenharia, 14% do Design e 13% da área Administrativa.
Grande parte dos desenvolvedores está há menos de 1 ano na área (44%). Entre 1 e 2 anos, temos 26%; 15% têm entre 3 e 4 anos e 15% têm 5 anos ou mais no mercado.
Quanto à linguagem de programação, Swift ganha como a linguagem preferida de 67% dos entrevistados. Em seguida, temos: Java (46%), Objective-C (27%) e Kotlin (11%). Outras linguagens ficaram com 15%.
Mercado de Trabalho e Remuneração
Quanto ao salário, existe uma polarização: enquanto 22% ganham mais de R$ 8 mil por mês, praticamente a mesma porcentagem (21%) tem um salário entre R$ 2 e R$ 3 mil. “Isso confirma os altos salários presentes na área, mas também mostra que temos uma grande quantidade de profissionais que ainda estão longe de receber essa quantia”, explica o CEO da Quaddro. “Vale ressaltar que 17% dos desenvolvedores ainda recebem um salário menor de R$ 2 mil.”
A das empresas remunera o desenvolvedor com um salário fixo mensal (76%), 10% recebem por hora trabalhada, 9% por entrega de projeto e 5% recebem de acordo com a receita obtida com o app.
O número de profissionais de desenvolvimento mobile nas organizações ainda é pequeno. Na maioria das empresas, o profissional é o único que trabalha na área, representando 32% dos entrevistados, 27% dividem o trabalho com mais 1, 2 ou 3 profissionais mobile e 18% trabalham com de 4 a 6 colegas. Em contrapartida, 11% dos entrevistados atuam em uma empresa com mais de 20 desenvolvedores mobile.
Um quarto dos entrevistados possui um negócio próprio e essa parece ser uma tendência no setor, já que 81% dos entrevistados pretendem abrir uma empresa própria nos próximos anos. Mais da metade dos desenvolvedores, 55%, trabalha na área de Serviços. Em segundo lugar estão os Bancos, com 21%, e em terceiro vem a área de Educação, com 19%.
Fonte: TI Inside
02 de fevereiro de 2018