Prepare-se. O ponto de venda físico vai mudar e muito. Soluções que permitem maior interação e conhecimento do consumidor ganharam mais e mais aplicação. A maior feira de varejo do mundo, a NRF – promovida pela Federação Nacional de Varejo norte-americana -, no Jacobs Javits Center e que termina hoje em Nova Iorque, é um grande shopping center com essas maravilhas conectadas no mundo digital.
Tem de tudo, algumas já despontam em varejos em alguns grandes centros, como o provador virtual. Já a realidade aumentada, o reconhecimento facial e as funcionalidades para pontos de venda, como robôs, vão depender de maior integração entre as diversas pontas do negócio. Muita coisa não chega tão rápido ao consumidor no Brasil, pois depende de investimento e aplicações que se ajustam a pequenas empresas.
Pela primeira vez na NRF, a consultora de moda, que veio representando uma empresa de Porto Alegre, Tatiane Alves, comenta que soluções como a do provador virtual permitem escolher produtos, ir ao provador se precisar e depois comprar sem ajuda do vendedor.
“Esse tipo de solução também permite que o lojista instale a máquina em outro local, como um restaurante, e o cliente compra para receber em casa”, cita Tatiane, que está muita focada na NRF em experiência do consumidor. Ana Clévia Guerreiro, consultora do Sebrae Nacional, apontou o quiosque com produtos de venda automática como alternativa para dinamizar a oferta em outros locais que não só a loja.
“‘É outro canal para chegar ao cliente. Pode ser uma solução para pequeno empreendedor e franquias”, opina Ana Clévia.
Confira algumas das novidades da feira:
Escaneamento e reconhecimento facial: empresas apresentam o escaneamento que permite captar informações dos consumidores que entram nas lojas. Cada pessoa tem um número de identificação. O monitoramento é feito enquanto o cliente está dentro do ponto de venda. Também diferencia quando é funcionário ou consumidor. Vantagem: mapeia as áreas de maior consumo da loja, tempo de permanência no ponto e como é o caminho do cliente.
Prateleiras inteligentes: tem várias interatividades e atratividades para os consumidores. Externamente ela se parece muito com uma instalação convencional, destacam-se textos luminosos.
Ao se aproximar, o visual muda para informações sobre preços e o produto. A interação começa neste momento. Ferramentas desenvolvidas conectam o item da prateleira ao estoque, o que permite na hora em que o consumidor compra ter o dado. Além disso, câmeras fazem reconhecimento identificando perfis – homem, mulher, estatura etc. Se a pessoa tiver cadastro, a prateleira amplia a interação com o usuário.
Varejo automatizados: são como quiosques com funcionalidades de pagamento e outros itens digitais. Grandes marcas adotada solução para venda de itens de beleza, como Benefit (marca de produtos para mulheres), CVS – rede de farmácias dos Estados Unidos, e rede japonesa Uniqlo. Quiosques são personalizados, tem check-out embarcado que o próprio consumidor paga e depois retira o produto. Podem ser colocados em áreas de shopping center, estações de transporte e supermercados. Alternativa a ponto físico tradicional.
Provador virtual: o cliente vai ao ponto de varejo e escolhe produtos em uma tela, onde pode pesquisar por tamanhos, cores, ver se tem estoque e comprar sem provar ou mesmo falar com vendedor. Os tipos de provadores virtuais variam muito, com mais interações e prometem ser um item em pouco tempo muito comum nas lojas.
Fonte: Jornal do Comércio
16 de janeiro de 2018