Estudo aponta que metade das extensões do Chrome tem risco alto de coletar dados pessoais

Após uma análise realizada pela empresa de gerenciamento de risco de dados Incogni, foi apontado que metade de cada extensão instalada do Google Chrome apresenta risco alto ou muito alto de coletar dados pessoais, mostrando forte conexão com o número de permissões concedidas.

O estudo descobriu também que quase metade (48,7%) das 1.237 extensões analisadas têm potencial de expor informações de identificação pessoal dos usuários, além de distribuir malware e adware e registrar senhas e informações financeiras.

Ao analisar as descobertas para determinar o risco da permissão concedida às extensões durante a instalação, constatou-se que uma em cada quatro (27%) delas coleta dados.

Um outro ponto importante é que escrever extensões, incluindo Grammarly e Compose AI, tendem a ser os que mais coletam dados com 80% deles capturando pelo menos um ponto de dados por vez.

Essas extensões também solicitam mais permissões, dispondo das pontuações de risco mais altas de 3,7 em 5,0. À vista disso, se você as tiver instaladas, certifique-se de tomar as medidas necessárias para apurar seus navegadores e tome cuidado antes de instalar novos. 

É aconselhável instalar extensões somente de desenvolvedores confiáveis, já que a maioria dos usuários não sabem quais riscos cada permissão concedida provoca ou o fato de que as extensões não podem funcionar sem certas permissões. 

Apesar disso, mesmo desenvolvedores com altas avaliações de usuários ou desenvolvimento de software confiável não asseguram proteção completa. O objetivo é estar atento e praticar o bom senso quando se trata de conceder e revisar permissões.

Como diz Aleksandras Valentij, oficial de segurança da informação da Surfshark, “por que um bloqueador de anúncios precisaria de acesso à captura de áudio ou acesso ao seu sistema de arquivos? Se você tiver dúvidas, simplesmente não use esse complemento específico. Existem muitas alternativas para cada complemento por aí”.

 

  • Fonte: LGPDBrasil.com.br
  • Imagem: Freepik
  • 22 de novembro de 2022