Teletrabalho gerou R$ 1,4 bi em economias na pandemia, diz governo federal

Levantamento do Ministério da Economia considera redução de gastos de custeio. 190 mil servidores federais continuam trabalhando remotamente

trabalho remoto dos servidores públicos federais durante a pandemia da covid-19 gerou economia de R$ 1,419 bilhão, divulgou nesta terça (3) a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. O levantamento considerou a redução de gastos de custeio (manutenção da máquina pública) entre março de 2020 e junho de 2021.

Ao todo, foram analisados cinco tipos de despesas: diárias; passagens e locomoção; energia elétrica; água e esgoto; e cópias e reprodução de documentos. De acordo com o Ministério da Economia, cerca de 190 mil servidores públicos federais continuam trabalhando de forma remota, o equivalente a 32% do total.

A digitalização dos serviços públicos contribuiu para a manutenção do trabalho remoto. Atualmente, o governo federal diz oferecer 4.648 serviços, dos quais 3.284 (70,7%) completamente digitalizados e outros 647 (13,9%) parcialmente digitalizados, requerendo o envio de documentos físicos ou a ida a alguma unidade de atendimento. Outros 717 (15,4%) não são digitais, apenas iniciados pelo portal e executados fisicamente.

Segundo o levantamento, o maior volume de economia foi registrado com passagens e despesas com locomoção, com R$ 512,6 milhões que deixaram de ser gastos desde o início da pandemia. Em seguida vêm os gastos com diárias em viagens (R$ 450,2 milhões); energia elétrica (R$ 392,9 milhões); cópias e reproduções de documentos (R$ 57,7 milhões); e serviços de água e esgoto (R$ 5,9 milhões). Todos os valores foram atualizados pela inflação do período considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Teletrabalho permanente

O Ministério da Economia diz que pretende transformar o teletrabalho em permanente para alguns órgãos, principalmente em atividades em que a presença física dos servidores não seja essencial. Até o momento, nove órgãos federais completaram o processo de adesão.

Entre os ministérios, as pastas da Economia, da Cidadania, do Desenvolvimento Regional aderiram ao teletrabalho permanente. Completam a lista a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); a Controladoria-Geral da União (CGU); a Advocacia-Geral da União (AGU); o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Segundo o ministério, o programa representa uma mudança de cultura ao substituir controle de frequência por controle de produtividade, com metas, prazos e tarefas definidas, o que contribui para aprimorar a qualidade do serviço público. As regras para o teletrabalho no Poder Executivo estão regulamentadas pela Instrução Normativa 65, de julho de 2020.

 

  • Fonte: ITforum.com.br – Por Agência Brasil
  • Foto: ITforum.com.br 
  • 04 de agosto de 2021