Três empresas associadas da Assespro-RS dividiram os desafios e experiências vividos durante a pandemia na terceira edição do Café com Associados realizado na manhã desta quinta-feira (15). Mais de 30 pessoas participaram para conhecer os cases da Cigam, DBServer e Meta.
Segundo Raquel Engeroff, gerente de RH da Cigam, a empresa já estava preparada para implementar o trabalho a distância, o que fez com que a mudança ocorresse de modo adequado. A partir daí, os desafios foram a comunicação, a produtividade, o acompanhamento das pessoas em um período de isolamento e angústias e a necessidade de manter a motivação, a integração e a conexão entre as pessoas.
“Certamente tivemos ganhos de produtividade, objetividade e entrega, mas perdemos um pouco a conexão entre as pessoas”, apontou Raquel. “Por isso criamos uma série de iniciativas para mantê-las próximas e integradas”.
Entre as ações, a empresa desenvolveu um “Café com RH” para conectar os profissionais de diferentes áreas e também um programa de conversas com as pessoas. Durante a pandemia, a Cigam inaugurou sua nova sede e atualmente conta com cerca de 300 colaboradores.
Eduardo Peres, diretor da DBServer, destacou que a primeira iniciativa da empresa foi aderir ao manifesto “não demita”, o que refletiu positivamente na cultura de centralidade nas pessoas. Esse, aliás, continua sendo o gargalo do setor: atualmente, a DBServer tem mais de 100 vagas abertas e o desafio segue sendo encontrar profissionais capacitados para preencher as oportunidades.
O executivo comentou ainda sobre o crescimento e o futuro da organização. Neste ano, já foram realizados projetos em 12 países além do Brasil e a empresa está presente em todos os continentes, exceto na África. Segundo Eduardo, a DBServer deverá seguir um modelo híbrido de trabalho e que o critério de retorno das pessoas será a partir da vacinação.
“No período da pandemia, também tivemos ações dirigidas para o acolhimento emocional das pessoas. Nós precisamos ampliar mecanismos para isso, para que elas não se tornem invisíveis”, destacou.
Para Rodrigo Souza, CFO da Meta, a pandemia foi sinônimo de desafios, mas também de prosperidade. Segundo o executivo, a empresa cresceu quase 50% em 2020 e deverá crescer até 80% neste ano. Somente em 2021, foram contratadas cerca de 700 pessoas – atualmente são cerca de 2 mil profissionais – e permanentemente estão com uma lista aberta de até 500 vagas. “O calcanhar de Aquiles do setor é ser atrativo e principalmente ser rápido e bom o suficiente para reter as pessoas que temos em casa”, destacou.
Souza comentou ainda que a empresa criou uma política de ajuda de custos para as pessoas investirem em suas estruturas de home office que é renovada a cada 6 meses. Assim como a DBServer, também a Meta deverá seguir em um modelo híbrido de trabalho futuramente.
- Fonte: Vicente Medeiros
- 15 de julho de 2021