Através do programa Promove Sul, o BRDE pretende fomentar a economia dos três estados da Região Sul do País. Com uma dotação de R$ 900 milhões em recursos próprios, o banco destinará R$ 300 milhões para cada estado com o objetivo de financiar empreendimentos relevantes para cada um dos mercados locais. O projeto será lançado oficialmente nesta quarta-feira, às 15h, no Palácio Piratini.
O superintendente do BRDE no Rio Grande do Sul, Maurício Mocelin, comenta que a ideia é buscar opções de financiamento para investimentos de longo prazo, com condições de taxas e prazos adequados para iniciativas que demandam uma maturação mais longa. O dirigente ressalta, ainda, que a medida vem em um momento em que o Brasil passou por um período turbulento e os recursos contribuirão para a recuperação econômica na Região Sul do País.
O executivo detalha que o montante limite para cada projeto é previsto em R$ 30 milhões, no entanto, cada caso será analisado individualmente. “Se daqui a pouco tem um empreendimento muito relevante para o Estado, é possível aumentar esse valor e complementar com outras linhas de financiamento”, argumenta. A taxa de juros dependerá do risco de cada projeto, contudo, em média, não ficará muito longe da faixa da Selic mais 4%.
De acordo com Mocelin, o foco é disponibilizar esses recursos em ações que tenham o perfil de geração de empregos, sustentabilidade e inovação. Os financiamentos serão voltados, em princípio, para novos projetos, mas podem ser encaminhados também para a recuperação ou expansão de ativos, caso seja importante para a economia regional.
Estão entre as prioridades empreendimentos de modernização e expansão da atividade produtiva, contemplando investimentos em ativos fixos e capital de giro associado, atualização tecnológica, ampliação da capacidade de armazenagem de grãos no Estado, energias renováveis, tratamento de efluentes e de dejetos, compostagem e reciclagem, captação, armazenamento e distribuição de água.
Mocelin diz que, inicialmente, a perspectiva era de que os recursos fossem liberados entre 2020 e 2021, porém, observando a demanda apresentada atualmente, pode ser que a distribuição do montante ocorra em um ano apenas. O superintendente do BRDE frisa que esse é um sinal positivo de retomada da economia. Sobre o desempenho do banco em 2019, o dirigente informa que os números deverão ser fechados nos próximos dias.
Fonte: Jornal do Comércio
15 de janeiro de 2020