A empresa SKA investiu R$ 4 milhões em um novo centro de manufatura digital na sede em São Leopoldo. A unidade será inaugurada nesta terça-feira (20). O novo centro ocupa uma área de 700 metros quadrados. O aporte foi feito em equipamentos, instalações e treinamento, pois envolve as áreas de engenharia mecânica, Internet das Coisas (IoT), ciência de materiais, design e aplicações de impressão 3D e manufatura digital.
“Mais do que melhorar processos, o Centro de Manufatura Digital repensa a engenharia, desde a concepção do produto feita pelo projetista, até a sua manufatura. Queremos transformar a indústria por meio da inovação tecnológica sustentável”, reforça Siegfried Koelln, presidente e fundador da SKA, em nota sobre o novo centro.
Segundo a empresa, o investimento reúne tecnologias HP e Markforged para impressão 3D em polímeros, compósitos e metal, com vantagens na velocidade e perfil de material produzido. A SKA atua com automação de engenharia.
Da HP, a indústria trouxe a tecnologia multi jet fusion para design industrial, prototipagem e manufatura. A direção da empresa gaúcha diz que as tecnologias disponíveis permitirão o desenho e a produção de peças com “múltiplas propriedades físicas, como rigidez e flexibilidade variáveis, diversas cores e texturas, condutibilidade e comunicação elétrica”.
“Um simples duto de ventilação de um automóvel pode levar semanas ou mesmo meses entre concepção e fabricação. Com a tecnologia da HP, a peça pode ser redesenhada e, em vez de ser um conjunto de sete partes, pode ser impresso em poucas horas em uma peça única, evitando um investimento de mais de R$ 150 mil para a fabricação do molde de injeção”, exemplifica Koelln.
A tecnologia Markforged é usada em ambientes de escritório e chão de fábrica. Os equipamentos imprimem peças em metal e polímero, com reforço em fibras de carbono ou vidro, informou a empresa. Em poucas horas, podem ser confeccionadas ferramentas de apoio à produção. A impressão de uma garra de robô, por exemplo, é feita com uma velocidade 11 vezes maior do que se fosse usinada em alumínio. O custo é cerca de 50 vezes menor do que o da peça original, amplia a empresa.
Fonte: Jornal do Comércio
19 de agosto de 2019