O Brasil no jogo global da inovação

Nos últimos anos, o Brasil acordou para a necessidade de inovar em um mundo em mudanças, a liderança não está mais com quem fornece matéria prima ou produtos industrias e/ou tecnológicos, mas com quem consegue transformar a maneira com que os outros trabalham, se divertem, viajam, comem… em suma, qualquer atividade humana.

Em consequência assistimos, embora com atraso em relação a muitos outros países, o surgimento de programas de apoio a startups, aceleradoras, incubadoras, investidores dispostos a correr riscos com parte de seus capitais.

Mesmo prejudicado pela difícil situação financeira enfrentada pelos diversos níveis e órgãos de governo, o ecossistema local de inovação já tem muitos casos de sucesso, em alguns casos atraindo capitais internacionais e em outros com empresas brasileiras se internacionalizando.

Em mais de uma das recentes viagens do Presidente da República ao exterior, acompanhado de diversos membros de seu ministério, observamos um aumento importante do interesse pelo tema da inovação, levando-os a visitar e observar o que vem sendo feito em outros países.

Precisamos ser parte do jogo!

Gostaria de chamar a atenção para o fato de que existe um conjunto de inovações já desenvolvidas no País, e que deveriam ser objeto, no mínimo, do mesmo nível de interesse por parte do Poder Executivo.

Levando em conta os interesses nacionais estratégicos, tecnológicos e até mesmo da balança de pagamentos, não há nenhuma razão para que o Estado brasileiro privilegie inovações estrangeiras em detrimento das nacionais.

No mundo globalizado, precisamos da cooperação com o governo para abrir caminhos que permitam ao nosso ecossistema local se abrir, cooperar e frutificar em conjunto com os demais.

O primeiro passo, entretanto, é dispormos de mecanismos que permitam ao Poder Executivo conhecer melhor aquilo que já foi criado dentro do nosso país.

Fonte: IT Fórum 365 – Roberto Mayer

28 de abril de 2019